O vereador Jeferson Siqueira (PSD) acusou o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de nepotismo, por nomear familiares de vereadores em cargos públicos, o conhecido por "cabide de emprego". A provocação foi feita nesta manhã de segunda-feira, 03 de fevereiro, durante a abertura dos trabalhos legislativos da Câmara de Vereadores. Antes de falar com a imprensa, o parlamentar fez as mesmas provocações durante seu discurso na tribuna, o que motivou o prefeito a deixar o local.
Jeferson diz que consultou o Diário Oficial e conta a nomeação dos parentes de vereadores. Ele citou o caso do Vanderlúcio Rodrigues, presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec). Vanderlúcio foi nomeado pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de quem é amigo. Ele foi mantido na gestão atual. O presidente é tio do vereador Alex Rodrigues (PV).
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“O prefeito disse que iria mudar a realidade, contextualizou que é contra o nepotismo, desde o começo. Porém, comecei a analisar o diário, aí você começa a ver irmão de vereador que é pedreiro de ofício, vira coordenador de saúde, primo de vereador vira diretor de obras, tio de vereador permanece na Arsec, aí ninguém mais fala da extinção da Arsec. Ai você tem afilhada de vereador sendo promovida na gestão com salário de R$ 14 mil”, falou Jeferson.
Na campanha, Abilio fez críticas ao famoso cabide de emprego e disse que iria combater a prática caso vencesse a disputa. Jeferson disse que o prefeito está construindo um “guarda-roupas” de emprego.
“Ele falou muito sobre cabide de emprego. Ele está construindo um guarda-roupa de emprego. A gente está vendo isso todos os dias, com as nomeações, que vamos dar publicidade sim. Isso que estou falando, vou provar. Quem quiser entrar no Diário Oficial, também vai poder ter acesso, é público”, disse.
Durante seu discurso no plenário da Câmara Municipal, na Sessão de Inauguração da Legislatura 2025-2028, Jeferson mirou críticas aos 30 dias de gestão do prefeito, acusando o chefe do Executivo de nepotismo, por nomear familiares na prefeitura. A presidente da Câmara, Paula Calil (PL), o interrompeu pedindo para que ele falasse sobre a pauta do dia. Jeferson pediu para repor seu tempo, alegando que o discurso era seu. Momento que Abilio saiu do plenário e foi conceder entrevista à imprensa.
“Eu falo isso com muita responsabilidade, o problema é: ele não aguenta ouvir a verdade. Ele se levanta, não respeita fala de vereador. Pregou democracia, quem não consegue ouvir o discurso do outro só porque é contrário, não pode falar que é democrata, preza pela democracia”, disse Jeferson Siqueira.
