O senador Jayme Campos (União) sugeriu que candidatos usem dinheiro do “próprio bolso” e não do fundo partidário para disputar eleições. Entretanto, o senador usufruiu de R$ 1,15 milhão do fundo partidário em 2018, quando disputou a vaga ao Senado Federal e acabou eleito. Ele fez a declaração nesta sexta-feira, 17 de janeiro.
Jayme se posicionou em defesa do fim do fundo partidário, algo em torno de R$ 5,6 bilhões do Orçamento da União. Ele destacou que existe hoje no Brasil uma “indústria de partidos”, citando que o país possui mais de 30 siglas.
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“Quer ser candidato, coloque o dinheiro do próprio bolso, vai gastar sola de sapato, a saliva”, disse Jayme em entrevista à Rádio Cultura.
Entretanto, quando disputou a vaga de senador em 2018, o partido de Jayme, que ainda se chamava Democratas (DEM), destinou para o cacique político R$ 1,15 milhão. Na época, o próprio Jayme investiu R$ 1,379 milhão em sua campanha.
O DEM se fundir com o PSL em 2021, criando o União Brasil, e recebeu R$ 782,5 milhões para as eleições de 2022. O objetivo da fusão era justamente abocanhar a verba milionária que garante a sobrevivência do partido.