O senador Jayme Campos defendeu que o União Brasil dê uma “carta de alforria” para que o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, possa migrar para outro partido para dar continuidade ao seu projeto político para as eleições de 2024. Na avaliação do senador, um acordo para que o deputado continue na sigla é praticamente impossível e, por isso, entende que o melhor caminho para o deputado seja fora do União.
Em conversa com jornalistas, Jayme ainda destacou que, se for necessário, vai levar o caso para que a cúpula nacional dê a Botelho a liberação para ele mudar de partido sem risco de perder o mandato.
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“Se o Botelho não tiver espaço, acho mais do que justo o partido dar uma 'carta de alforria' para ele. Eu, particularmente, defendo essa tese. Acho que o mínimo que podemos oferecer é essa possibilidade, até porque foi um grande companheiro do Mauro [Mendes, governador e presidente do UB] nas duas eleições para governador e ele tem que ter o mínimo de consideração pelo Botelho. Eu estou decidido. Sou favorável que, se eventualmente o Botelho for sair, dê a carta de alforria e, se precisar, como vice-presidente do diretório nacional, em Brasília, vou levar essa proposta para o diretório nacional dar a ele essa possibilidade de ser candidato por outra agremiação”, disse Jayme, em entrevista à imprensa na segunda-feira, 30 de outubro.
Botelho se reuniu no último final de semana com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para tentar chegar a um acordo. Os dois disputam a preferência do partido para lançar a candidatura a prefeito de Cuiabá e, até então, a sigla apostava em uma solução amigável entre eles. No entanto, o encontro só serviu para reforçar que nenhum dos dois vai desistir de ser candidato a prefeito de Cuiabá no próximo ano.
A expectativa de Jayme é que Botelho continue no União Brasil e, passado esse episódio, continue a focar no fortalecimento da sigla. No entanto, comentou que o deputado tem visto cada vez mais dificuldade para chegar a um acordo pela candidatura.
“O Botelho disse que se não tiver espaço no União Brasil, irá buscar uma nova sigla, que é o PSD. Eu, particularmente, defendo a tese de que seria muito importante para o fortalecimento do União Brasil, tendo as duas candidaturas postas, e resolver isso no ano que vem. Agora, o deputado Botelho tem sentido dificuldade da sua permanência no partido, porque a chance de ele ser candidato a prefeito pelo União Brasil é muito difícil. Então, acho que ele tem toda razão e é um assunto que compete a ele resolver. Certamente o Botelho sabe o que é bom para ele. É uma situação difícil de ser resolvida”, ressaltou.
