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Política Quarta-feira, 08 de Novembro de 2023, 11:27 - A | A

Quarta-feira, 08 de Novembro de 2023, 11h:27 - A | A

BRIGA POLÍTICA

"Insistência no VLT é um erro e só vai trazer prejuízos à população", diz Sérgio Ricardo

Conselheiro foi um dos maiores defensores do modal quando deputado

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Recém-eleito presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo afirmou que a insistência do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pela construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá é infrutífera e só trará prejuízos para a população cuiabana. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 8 de novembro, Sérgio Ricardo afirmou que o VLT se tornou inviável no traçado que era vislumbrado em 2012 e precisa ser remodelado para se adaptar à nova realidade da capital.

Sérgio Ricardo foi um dos principais defensores do VLT quando era deputado estadual, à época em que foi feita a escolha pelo modal. Aos jornalistas, ele afirmou que continua sendo um defensor aguerrido do modal, mas acredita que não serviria à população se continuasse no traçado original, pois a demografia da cidade mudou significativamente na última década.

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“Hoje essa insistência [no VLT] é fruto de uma briga política infrutífera que só vai levar e está trazendo prejuízo para a sociedade”, resumiu.

“É persistir no erro, claro que é. Veja só: eu sou cidadão mato-grossense, vivo em Cuiabá e não me iludo. Não adianta. O que existe hoje é briga política, infrutífera. Não adianta ficar insistindo em VLT agora e no traçado atual. Não é mais esse traçado. O que a gente vê agora é só briga política, para ver quem pode mais, quem consegue. Essa ideia de VLT em Cuiabá nesse traçado é inexistente, inexequível”, afirmou.

Na avaliação do conselheiro, os governadores passados cometeram muitos erros na condução do projeto do VLT, especialmente na compra antecipada dos vagões, que estão há uma década estacionados no pátio próximo ao Aeroporto, sofrendo com o desgaste do tempo.

Sérgio Ricardo continua defendendo que Cuiabá tenha um VLT, modal que ele avalia ter muito mais qualidade para atender a população. Porém, ele aponta que seria necessário alterar o traçado, já que a população da capital se espalhou para os novos eixos de desenvolvimento, deixando de ficar restrita às imediações das avenidas do CPA e Fernando Corrêa.

“Hoje nós temos dois rodoanéis, o Contorno Leste e o Rodoanel, que é exatamente o que foi, no governo Dante de Oliveira, a construção da Avenida Miguel Sutil. Então, não é mais o traçado. Se um dia viermos a ter o VLT, eu tenho certeza que teremos, já vai ser com outro traçado, vai ter que ser um traçado totalmente diferente desse que foi há 10 anos atrás”, pontuou.

O conselheiro enfatizou que, atualmente, a melhor solução para o Estado é vender os vagões que já foram adquiridos e concluir a instalação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Negociações estão em andamento para venda dos vagões do VLT para o governo da Bahia. As obras do BRT avançam pela Avenida da Feb, em Várzea Grande, mas encontram resistência da Prefeitura de Cuiabá, que insiste no VLT.

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