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Política Terça-feira, 01 de Novembro de 2022, 15:25 - A | A

Terça-feira, 01 de Novembro de 2022, 15h:25 - A | A

DESORDEM E REGRESSO

Governo se recusa a retirar ocupantes e quer negociação sem usar força em MT

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, disse que o governo vai, inicialmente, tentar negociar com os manifestantes, que bloqueiam rodovias desde domingo, 31, por não aceitar a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). O governador Mauro Mendes (União) se reuniu na manhã desta terça-feira, 1° de novembro, com as forças de segurança para discutir sobre o assunto e traçar estratégias de atuação.

À imprensa, Bustamante comentou que há pontos sensíveis em que acredita que através da negociação irão conseguir convencer os protestantes para tentar desobstruir os pontos bloqueados. Agora, o governo faz o levantamento do número de efetivo das polícias para atuar na operação.

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“O governador nos chamou para que a área de segurança pública junto com a Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, todos os organismos de segurança pública deem uma solução. Como houve essa determinação do STF [Supremo Tribunal Federal] para cumprimento da desobstrução, o governador de pronto atendeu e determinou à área de segurança pública para que faça o planejamento e comece a fazer a desocupação”, disse.

O secretário explicou que, inicialmente, os agentes irão fazer a negociação em pontos sensíveis, caso não sejam atendidos, pretendem aplicar a força policial para liberar o trânsito.

Além da Polícia Militar, agentes da Polícia Judiciária Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros vão atuar na operação.

“Tem pontos que são mais frágeis, tem pontos que são mais fortes. Eu acredito muito na condição ordeira, é um movimento de pessoas que a gente vai negociar para desobstruir. Se for necessário, e eu acredito que não vai ser, a força [vai ser usada] para poder fazer a desobstrução, mas eu acredito muito na sensibilidade de todos e vamos ajudar nisso”, explicou.

Bustamante disse que não existe prazo para desobstruir todos os pontos de bloqueios. Ele comentou que o número de trechos bloqueados aumenta a cada dia e que atualmente existem mais de 30 pontos de manifestação.

O secretário destacou que essa ação atrapalha a sociedade, que começa a sentir em alguns pontos do estado a falta de produtos.

“Vai começar a faltar produto na própria sociedade, a região norte que depende muito da chegada de combustível, vai começar a faltar combustível, vai começar a faltar a alimentação. Eu acredito que essa negociação perpassa por isso, a necessidade da sociedade entender que a obstrução atrapalha ela mesma”, ressaltou.

As manifestações começaram no último domingo, 30 de outubro, após o resultado do segundo turno das eleições. Os protestantes não aceitaram a vitória de Lula (PT), alguns chegaram a pedir intervenção militar no país.

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