Candidato ao governo de Mato Grosso pelo Psol, o servidor público Moisés Franz criticou duramente a atuação da bancada federal de Mato Grosso, em especial a falta de ação frente ao descumprimento do contrato de concessão da BR-163.
Concedida em 2012 à Rota do Oeste, a BR-163 já deveria ter sido duplicada no trecho da fronteira de Mato Grosso até Sinop. No entanto, o trecho entre Posto Gil e a ‘capital do Nortão’ continua em pista simples, o que aumenta o risco de acidente e rendeu a pecha de ‘estrada da morte’.
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Após anos de debate, empresa acabou devolvendo a concessão da BR-163 ao governo neste ano, admitindo que não terá condições de cumprir o contrato, mas o processo de relicitação pode levar até dois anos para que outra empresa assuma a administração da rodovia.
“A nossa bancada aqui de Mato Grosso é muito fraca, pouco atuante, com relação à fiscalização dos recursos. Por exemplo, a nossa rodovia que liga Cuiabá a Sinop, que se transformou em uma estrada da morte, o que tem feito nossos deputados federais e senadores para resolver essa questão, duma concessão que agora a concessionária está devolvendo porque é incompetente para duplicar”, questionou o candidato, em entrevista ao programa ‘A Notícia de Frente’, da TV Villa Real.
Franz ainda afirmou que, se eleito, pretende rever o processo da Ferrogrão, projeto de ferrovia que pretende ligar Sinop ao porto de Miritituba (PA), abrindo uma rota de escoamento para o agronegócio mato-grossense via os portos do Arco Norte.
O candidato defende que é preciso avaliar os reais impactos ambientais e sociais causados pela construção da ferrovia, para pesar se realmente vale a pena o investimento. O projeto da Ferrogrão prevê investimento de até R$ 25 bilhões, com a possibilidade de gerar até 13 mil empregos durante o período de implantação.
“Enquanto governador de Mato Grosso, nós vamos fazer um estudo e dar uma posição para a sociedade mato-grossense com relação a essa ferrovia. Aqui em Mato Grosso é tudo pelo progresso, tudo pela produção. Eu, particularmente, tenho que ter uma visão profunda com relação ao trajeto e ao impacto ambiental dessa ferrovia, para saber se é isso que realmente a população quer”, afirmou.
“A quem vai atender essa Ferrogrão? Ao trabalhador, ao produtor, à sociedade? Nós precisamos saber qual que é o papel fundamental, se ela vai trazer desenvolvimento, progresso ou só destruição ambiental”, concluiu.