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Política Domingo, 16 de Outubro de 2022, 14:11 - A | A

Domingo, 16 de Outubro de 2022, 14h:11 - A | A

CPI DAS PESQUISAS

Fávaro diz que abertura de CPI antes da eleição pode servir como palanque eleitoral

Senador defendeu apurações após o fim do processo eleitoral e se mostrou favorável à ideia de punir os institutos que divulgam dados muito discrepantes

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O senador Carlos Fávaro (PSD) defendeu que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pesquisas Eleitorais aconteça somente após o segundo turno das eleições. Ele comentou que a abertura das investigações antes do pleito pode servir como palanque eleitoral.

“Eu acho que tem até fundamento, mas nessa hora o objetivo não é o ideal, pode fazer um palanque eleitoral numa hora muito ruim, em que o Brasil precisa de paz e não de gasolina no fogo”, disse o senador.

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Fávaro defendeu a apuração sobre a conduta dos institutos, para que os levantamentos tenham critérios mais técnicos, e também se mostrou favorável a punições para as empresas que apresentarem números “discrepantes”.

Ele comentou que foi vítima de uma pesquisa que o mostrava em último lugar entre 11 candidatos na eleição de 2018, quando disputou ao Senado. Segundo ele, a divulgação dessa pesquisa prejudicou sua campanha.

“Ninguém é obrigado a acertar, pesquisa é pesquisa e não é apuração de votos, mas tem que ser responsável e, se tiver dolo na divulgação dos números, tem que ser responsabilizado no rigor da lei. O que eu sou contra, nesse momento, é fazer uma CPI a poucos dias das eleições para discutir a pesquisa. É fazer palanque eleitoral, o que não é digno do Congresso Nacional neste momento. Passado as eleições, vamos discutir, eu estarei pronto para debater”, destacou.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) é o autor da proposta, que tem a finalidade de apurar “as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo e os resultados apurados” dos institutos e empresas de pesquisas no país. Da bancada de Mato Grosso, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) assinaram o documento para abertura das investigações.

No último dia 11, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que não havia previsão de quando seria lido o requerimento de criação da CPI. Ele ainda garantiu que qualquer CPI só será instalada em novembro, após as eleições.

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