A ex-servidora da Secretaria de Saúde da Capital, Hellen Cristina da Silva, disse que não houve superfaturamento na compra do medicamento Ivermectina, utilizado no tratamento da Covid-19. A declaração foi feita em depoimento na Comissão Processante da Câmara de Cuiabá, que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), nesta segunda-feira, 13 de maio.
Hellen era responsável por assinar o documento para cotação de preço do medicamento Ivermectina, o qual teria sido detectado sobrepreço. Na na época, a ex-servidora afirmou que o medicamento “virou ouro”, e que seguiu recomendação do Ministério da Saúde sobre o kit Covid para sua aquisição.
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Ela disse também que as indústrias farmacêuticas se aproveitaram da pandemia para subir os preços dos medicamentos, e que pressionavam as Prefeituras a comprar os remeidos com preços elevados além de ameaçar vender para outros.
“Eles não colocavam faca no nosso pescoço, mas falavam: Quer comprar? Se não vou vender para outro! Nós tínhamos que comprar. A pressão estava grande, a demanda estava crescendo e as pessoas estavam morrendo, precisa-se dos remédios. Tudo que vai vender para órgão público, eles aproveitam”, afirmou a ex-servidora.
Hellen Cristina foi alvo da Operação Overpriced, acusada de participar de um suposto esquema de superfaturamento na compra do medicamento Ivermectina, no período da pandemia. Ela foi demitida do cargo em que ocupava após a investigação e posteriormente inocentada pela Justiça, em março deste ano.
“Aagradeço essa oportunidade de estar por aqui, porque a gente tem o nome da gente jogado na lama, me passaram por ladra, por uma pessoa fez um desvio de milhões da Saúde numa época muito ruim. Tive visita de policiais na minha casa, tenho mãe com 75 anos e que tem diabete. Me colocaram nessa operação como se eu fosse a responsável derrubar uma casa por conta de um orçamento”, finalizou.
