Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,20
Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,20

Política Domingo, 14 de Janeiro de 2024, 12:10 - A | A

Domingo, 14 de Janeiro de 2024, 12h:10 - A | A

LINHA CORTADA

Falta de diálogo da Rumo foi principal motivo para suspender licença da ferrovia estadual, diz Botelho

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), reclamou nesta quinta-feira, 11 de janeiro, da falta de diálogo dos diretores da empresa Rumo Logística com a Assembleia Legislativa e demais representantes da classe política. A falta de diálogo teria sido um dos motivos que levaram à assinatura do decreto legislativo que sustou a licença de instalação da Ferrovia de Integração Estadual em Rondonópolis, devido a uma mudança de traçado sem comunicação prévia.

Segundo Botelho, a Assembleia Legislativa tem interesse em reverter o decreto e liberar as obras da ferrovia, mas quer um diálogo com a diretoria da Rumo para resolver os problemas que surgiram nos últimos meses, como a falta de garantia de que a ferrovia chegará a Cuiabá e a mudança do traçado em Rondonópolis, que agora passará próximo a bairros residenciais.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“Nós não queremos atrapalhar em nada. Nós sabemos que eles já têm um financiamento praticamente acertado para tudo isso. Um diretor da Rumo me ligou, dizendo que isso vai atrapalhar, e muito, todo o encaminhamento. Pode atrapalhar, inclusive, o financiamento deles e atrasar todo o cronograma de obra. Nós não queremos isso. Nós queremos que realmente resolva isso e nós estamos prontos para o diálogo”, afirmou.

Botelho explicou a Assembleia chegou a procurar interlocutores da empresa para uma conversa antes de elaborar o decreto legislativo, mas não conseguiu. Para agravar a situação, os deputados de Rondonópolis teriam dito que não há movimentação da Rumo para trazer a ferrovia para Cuiabá, o que inflamou os deputados da Baixada Cuiabana e foi a ‘gota d’água’ para a aprovação do decreto legislativo.

“Um dos argumentos que o deputado Nininho usou para a gente que aprovar isso aqui é que eles não têm nenhum plano para chegar essa ferrovia em Cuiabá, e isso ajudou os deputados da Baixada Cuiabana a votar. Então, que eles venham aqui, se discuta com a Assembleia e mostrem realmente o que eles estão pensando. E que se discuta essa questão de Rondonópolis, que precisa ser resolvida. É isso que nós queremos”, detalhou.

Botelho lembrou ainda que a diretoria da Rumo marcou presença constante na Assembleia quando precisou do apoio dos deputados para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que liberou a concessão da ferrovia por meio de autorização. Após a aprovação, os diretores teriam cortado todas as formas de contato.

“Depois que nós aprovamos tudo, fizemos a PEC, [...] criamos todas as condições para eles, eles ignoraram o Parlamento, nunca mais vieram conversar. Não teve mais diretor para atender a gente. A gente ligava, eu liguei várias vezes, não conseguia mais contato com eles. Eu quero a garantia de que a ferrovia vai chegar até aqui e que se resolva esse impasse em Rondonópolis, que é um impasse que pode ser resolvido facilmente, num diálogo com a Assembleia”, concluiu.

search