O governador Mauro Mendes (União) assegurou que as obras do BRT em Cuiabá vão prosseguir, mesmo que a Prefeitura de Cuiabá acione a Polícia para impedir. "Estou cansado de ver essa papagaiada feita pelo prefeito", desabafou com a imprensa nesta quinta-feira, 18 de janeiro, após retornar de uma reunião com o ministro Alexandre Padilha, em Brasília.
"A obra continua. Já vencemos em todas as esferas judiciais, temos licença emitida, e a empresa está trabalhando. Estamos agindo dentro da legalidade e corretamente. É um desprazer ter que perder meu tempo e o do cidadão com tanta mentira e conversa fiada", cutucou Mendes ao referir-se a implantação do VLT Cuiabano, proposto por Emanuel.
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A promessa de implantação do VLT Cuiabano ganhou força nas últimas semanas, após o prefeito da capital anunciar que o projeto está pré-selecionado para ser uma das obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que dará andamento aos trâmites para licitar a obra do modal.
Segundo Pinheiro, a nova proposta está estimada em R$ 4.968.750 e contará com novos trechos que ampliarão o projeto inicial.
Nesta quinta, a senadora em exercício Margareth Buzetti (PSD) afirmou que o Ministério das Cidades sequer analisou o projeto do modal. “Foi anunciado que teriam R$ 4,968 bilhões inseridos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. O que tem é um papel que eles entregaram e nem analisado foi. Agora, eles [ministério] estão vendo questão de encostas, alagamentos e favelas, e não tem nada oficial até agora”, afirmou.
Na visão do governador, quem perde com essa "novela" toda é a população. "Essa promessa de VLT Cuiabano é igual a tantas outras mentiras que ele [Emanuel] já contou. O VLT é igual ao restaurante giratório e obras para a Copa do Mundo de 2014 que foram anunciadas por ele e nunca foram feitas", alfinetou.
Nesta semana, o Ministério Público de Mato Grosso notificou o Estado para que não seja realizada nenhuma obra sem que seja apresentado alvará de obras e pareceres favoráveis emitidos pelos órgãos de proteção do patrimônio cultural relativos às obras nas imediações e entorno dos bens tombados. As exigências estão previstas na Lei Complementar Municipal nº 516/2022.