O vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos) disse nesta terça-feira, 5, aos amigos e familiares de Alexandre Miyagawa, que espera que a justiça seja feita com relação à morte do agente socioeducativo. O parlamentar é investigado pela morte de Alexandre, na última sexta-feira, 1° de julho.
Nesta terça, o Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso (SINDPSS-MT) organizou uma manifestação na Câmara para pedir que Paccola seja julgado e afastado do cargo pelos vereadores.
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"Eu quero que seja feita a Justiça. E a Justiça só é feita pelos órgãos investigativos, que terão todas as condições para fazer o trabalho de esclarecer os fatos. Nesse momento, estou sendo julgado pelos peritos de WhatsApp, juízes de Facebook, promotores de Instagram", disse durante sua fala na sessão.
"Ficam dizendo que eu sou alguém despreparado e isso não é confortável. Externo toda minha dor e meus mais sinceros sentimentos de pesar aos irmãos, amigos e familiares de Alexandre. Peço aos meus amigos policiais que aqui estão que não esmoreçam", prosseguiu.
Paccola disse ter visto muitos comentários de que ele não é um policial e sustentou que o juramento à Polícia Militar continua sendo cumprido, mesmo que ele esteja na reserva. Paccola é tenente-coronel da reservar da PM.
"Eu estou vereador, mas sou um policial e vou morrer sendo policial. Sou [PM] 24 horas por dia e sempre segui meu juramento de proteger e defender a sociedade, mesmo que com risco de perder a própria vida".
O vereador também reclamou do julgamento público que tem sofrido, diante da grande repercussão da morte de Alexandre. Ele reafirmou que agiu conforme seu treinamento, na intenção de proteger a vida de outras pessoas.
"Mas quando você age, [essa sociedade] é a mesma que vai te julgar. Você tem que seguir todo o procedimento para proteger uma vida: visualizar toda a situação, identificar as possíveis ameaças, decidir e agir. Você tem a regra dos três: três segundos para estar a três metros e três disparos para resolver uma situação que você pode sair vivo ou morto", falou.
Paccola voltou a dizer que, naquele dia, Alexandre estaria com a arma nas mãos, acima da cabeça, durante uma discussão com uma mulher. Ele aponta ainda que a mulher estava de costas e não havia nenhuma ameaça contra Alexandre.
"Nessa situação, você interpreta que ele ia matar a mulher na frente de todos. A atitude que precisei tomar, foi reflexo do meu treinamento. Tenho tranquilidade que os órgãos e instituições irão fazer o trabalho de investigação", terminou.