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Política Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2021, 15:42 - A | A

Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2021, 15h:42 - A | A

CARTA AO GOVERNO

Entidades nacionais do transporte dizem que fim do VLT é "equivocado e injustificável"; veja a carta

Gabriel Soares

Seis entidades que representam o setor metroferroviário no Brasil enviaram carta ao governo de Mato Grosso nesta quinta-feira (21) afirmando que foi “equivocada” a decisão de trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês). As entidades afirmam estarem “preocupadas” porque o governo não teria apresentado estudos técnicos suficientes para justificar a mudança.

A mudança do modal foi anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM) no dia 21 de dezembro de 2020. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em estudos técnicos realizados pelo Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana, formado por técnicos dos governos federal e estadual.

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“Comparando a visão do Governo que orientou essa mudança com a visão técnica do setor metroferroviário, baseada nos fatos e sustentada por estudos e projetos, conclui-se justamente pelo oposto, qual seja, que não há elementos técnicos suficientes que justifiquem a alteração do modal e que, no melhor interesse público e benefício da sociedade, no menor prazo possível, as obras do VLT deveriam ser concluídas”, diz a carta enviada ao governador.

As entidades usaram uma matriz de análise similar à apresentada pelo governador, mas contestaram todos os apontamentos feitos pela equipe de Mauro, afirmando que a conclusão das obras do VLT seria mais vantajosa do que a troca de modal. Entre outros pontos, eles afirmam que há maior interesse público, menor custo para conclusão e a possibilidade de realização de uma Parceria Público-Privada (PPP), que reduziria o custo da obra para o Estado.

“O projeto do VLT Cuiabá-Várzea Grande está muito avançado enquanto o do BRT está em fase ainda preliminar, sem estudos definitivos, projetos básicos, executivos, licenças ambientais… o que torna impossível avaliar a alternativa BRT corretamente e, menos ainda, compará-la com o VLT”, alegam as entidades.

O grupo aponta ainda que tem buscado marcar uma audiência com o governador desde outubro de 2020 para apresenta-lo os aspectos técnicos que envolvem a continuidade das obras do VLT, mas não conseguiram. Por fim, propõem um amplo debate para definir o futuro da mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande.

Confira ponto a ponto, a análise do VLT x BRT

entidades setor transporte

 

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