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Política Domingo, 27 de Agosto de 2023, 14:31 - A | A

Domingo, 27 de Agosto de 2023, 14h:31 - A | A

SUPOSTO DESMONTE

Emanuel prepara denúncia contra os trabalhos da intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá

Prefeito diz ter receio sobre o que vai receber no dia 1° de janeiro de 2024, quando encerrará o período interventivo

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), elabora uma denúncia contra o trabalho da intervenção do Estado na Saúde Pública da capital para apresentar aos órgãos de controle sobre a “situação caótica” do setor. Emanuel comentou que, ao invés de melhorar o atendimento à população, a equipe do governo tem promovido um desmonte, fazendo com tenha receio sobre o que vai receber no dia 1° de janeiro de 2024, quando encerrará o período interventivo.

“O balcão de negócios, o balcão à exploração política, o empreguismo para atender vereadores, deputados. Estão desmontando, estão promovendo o desmonte da saúde pública. Vou denunciar, eu já estou preparando a denúncia de tudo isso, porque eu estou do lado do povo, eu estou do lado da população cuiabana, minha camisa é Cuiabá. E eu estou muito angustiado, caiu, caiu terrivelmente. Hoje não tem uma unidade de saúde que funcione adequadamente. Problemas que poderiam ser pontuais, de falta de médicos ou de medicamentos, viraram rotineiros”, disse em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 25 de agosto.

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Emanuel ainda disse que o atual estado da saúde municipal é reflexo de como o governo tem administrado o setor no interior do Estado. Ele ressaltou que Cuiabá está sobrecarregada devido à falta de eficiência no atendimento nas demais cidades. O prefeito ainda criticou a gestão do governo na Santa Casa. Segundo o emedebista, há quatro anos, o governo transformou o local em um hospital fantasma, alegando que nada funciona no local.

“Estão desestruturando a saúde da capital e estão angustiados. Estou me preparando também. Eu preciso fazer essa denúncia ao Tribunal de Justiça, ao desembargador Perri [relator da intervenção no TJ], ao Tribunal de Contas e à sociedade, à Câmara Municipal, à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público e à sociedade. Piorou demais. O caos está iminente. Vivemos hoje, hoje vivemos um verdadeiro caos na saúde pública da capital e do Estado, consequentemente”, frisou.

INTERVENÇÃO

Em março, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça aprovou o voto apresentado pelo desembargador Orlando Perri, que defendeu a medida após denúncias de irregularidades apresentadas pelo Ministério Público.

Ele que havia decidido, monocraticamente, a intervenção no final do ano passado, decisão derrubada pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, determinou a suspensão da intervenção até que o processo fosse julgado pela turma colegiada do TJMT.

O processo chegou ao colegiado que, por maioria, aprovou a continuidade da intervenção. Próximo de findar os 90 dias, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Júnior, pediu a prorrogação da intervenção até o dia 31 de dezembro deste ano, solicitação atendida pela Justiça.

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