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Política Segunda-feira, 04 de Setembro de 2023, 15:06 - A | A

Segunda-feira, 04 de Setembro de 2023, 15h:06 - A | A

BABADO E CONFUSÃO

Emanuel diz que vai escancarar "caixa-preta" da intervenção na saúde

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que vai apresentar nesta semana uma denúncia contra os trabalhos realizados pela equipe do Gabinete de Intervenção do Estado na Saúde Pública da capital. O emedebista classificou as provas que conseguiu reunir como “caixa-preta da intervenção”.

Durante entrevista à rádio Vila Real, nesta segunda-feira, 04 de setembro, o prefeito preferiu não dar detalhes sobre o assunto e comentou que só vai revelar os pormenores na coletiva de imprensa.

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“Eu quero fazer algumas denúncias, coisa gravíssima. Que eu cheguei no afã, no afã do momento de angústia, quando eu recebi as denúncias e estudei, debrucei, até o Emanuelzinho [seu filho e deputado federal] estava comigo. Falei: “não é possível que isso seja verdade”. Se for verdade, você vê, mas no afã eu cheguei a ligar para os meus advogados, tanto daqui como de Brasília, para saber se eu podia não aceitar a saúde de volta”, disse.

Emanuel comentou que, ao invés de melhorar o atendimento à população, a equipe do governo tem promovido um desmonte, fazendo com que tenha receio sobre o que vai receber a partir do dia 1° de janeiro de 2024, quando encerrará o período interventivo.

“Já fizeram a inhaca, já induziram as autoridades e a população ao erro. Fica com vocês [governo], porque vão me entregar uma bomba. Uma bomba, uma caixa preta que Cuiabá vai levar tempo para poder recuperar, além do descaso com a população. Então, eu estou muito preocupado. Agora, mas os advogados, a priori, falam, não existe essa possibilidade [de deixar a saúde nas mãos do governo]”, relatou.

Emanuel disse que vai reunir todos os documentos e entregá-los para os órgãos de controle e investigação para apurar a denúncia que recebeu. Ele ressaltou que as informações que recebeu durante o final de semana vão deixar as autoridades e população “estarrecidas”.

“Eles estão perdidos, agora que eu estou entendendo o porquê tanto discurso bonzinho de que vai entregar a saúde que já fez. Fizeram o quê? Pegaram tudo pronto, tudo encaminhado, só foram entregando o que já estava pronto, não conseguiram fazer nada de novo, não conseguiram ajustar, não conseguiram resolver o problema de caixa que eles falaram que estavam lá para resolver. Não conseguiram nada. E estão complicando e aumentando os problemas. O que já era problema está piorando nas mãos deles”, afirmou.

INTERVENÇÃO

Em março, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça aprovou o voto apresentado pelo desembargador Orlando Perri, que defendeu a medida após denúncias de irregularidades apresentadas pelo Ministério Público.

Ele que havia decidido, monocraticamente, a intervenção no final do ano passado, decisão derrubada pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, determinou a suspensão da intervenção até que o processo fosse julgado pela turma colegiada do TJMT.

O processo chegou ao colegiado que, por maioria, aprovou a continuidade da intervenção. Próximo de findar os 90 dias, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Júnior, pediu a prorrogação da intervenção até o dia 31 de dezembro deste ano, solicitação atendida pela Justiça.

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