O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou na manhã desta segunda-feira, 28 de março, que só será candidato ao governo do Estado se o governador Mauro Mendes (União Brasil) decidir disputar a reeleição este ano. Caso contrário, disse Emanuel, não haveria necessidade para deixar a Prefeitura de Cuiabá e lançar sua candidatura.
Nesse caso, porém, os prazos não estão a favor do prefeito. Segundo a legislação eleitoral, ele precisaria deixar o cargo até o dia 2 de abril - próximo sábado - para disputar a reeleição. Entretanto, Mauro revelou recentemente que só deve confirmar se disputará a reeleição no dia 2 de abril. Emanuel chegou a brincar com essa situação.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Para essa decisão ser tomada, tem um pré-requisito. Eu só vou decidir se sou candidato a governador ou não – e já falo isso um pouco mais desenvolto, porque é tanto partido e tanta gente querendo a nossa candidatura... – mas eu só vou tomar essa decisão se Mauro Mendes for candidato à reeleição. Se ele não for, aí tá resolvido. Agora, se ele for candidato, aí eu vou pensar. Então, ele tem que antecipar essa decisão dele, talvez para quinta ou sexta-feira”, disse o prefeito, ao discursar na cerimônia de entrega de novos ônibus para o transporte coletivo.
Emanuel retornou de férias nesta segunda-feira, 28 de março, após 14 dias afastado para articular uma possível candidatura de oposição ao governador Mauro Mendes nas eleições deste ano. Entre os nomes cogitados pelo grupo estão o do próprio prefeito, de seu vice, José Roberto Stopa (PV) e do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
Apesar de não ter batido o martelo quanto à sua candidatura, Emanuel ‘rasgou seda’ para seu vice, afirmando que Stopa tem todas as condições de substituí-lo à frente da Prefeitura de Cuiabá.
“Esse seria o maior problema para não aceitar um embate maior para as eleições deste ano, seria não ter um vice da minha confiança. Eu vejo alguns prefeitos falarem: olha, não posso sair porque tem meu vice aí, que isso e aquilo... e eu digo: meu vice é meu irmão, meu parceiro. Então nesse ponto estou deitado em berço esplêndido e tenho plena convicção que, caso haja uma decisão que possa mudar aí o rumo político e administrativo de Cuiabá nos próximos dias, Cuiabá está em excelentes mãos”, disse.
Por fim, Emanuel aproveitou para fazer novas críticas ao modelo de gestão adotado pelo governador Mauro Mendes e fez comparação com as ações de sua gestão, que classifica como ‘popular, democrática e humanizada’.
“É esse modelo de administrar que nós queremos levar para o Estado de Mato Grosso, um Estado que pense nas pessoas, em gente, na inclusão e justiça social, e se condoa com o universo de quase 700 mil pessoas que vivem na miséria absoluta em nosso estado”, concluiu.