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Política Sábado, 16 de Setembro de 2023, 14:46 - A | A

Sábado, 16 de Setembro de 2023, 14h:46 - A | A

"NOVO VLT"

Emanuel diz que denúncia aceita pela AGU é mais uma "nuvem escura" sobre o BRT

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que a denúncia aceita pela Advocacia-Geral da Anual (AGU), para investigar sobre o consórcio vencedor para realização do BRT (Ônibus de Transporte Rápido), é mais uma nuvem escura sofre o fato que, segundo ele, pode inviabilizar o projeto podendo torná-lo em um novo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e no final acabou dando em nada.

“É mais uma nuvem, uma nuvem escura que está sobre todo esse imbróglio que envolve o BRT, uma verdadeira caixa preta, e quando denunciamos, para os dois órgãos de que fizeram o acordo de leniência com as com a empresa Engevix na época, a AGU e CGU, dizendo “olha, no acordo de leniência não pode repetir ou cometer os mesmos crimes ou outros crimes pelos quais essa empresa foi condenada da Lava Jato”, mas aqui, em Mato Grosso, eles tão cometendo. Eles estão cometendo os mesmos crimes e o que é pior, estão associados no mesmo grupo econômico com uma empresa que são sócias deles em outras unidades da federação”, disse em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 15 de setembro.

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Esse fato foi denunciado pelo prefeito no ano passado, mas em agosto a AGU aceitou a denúncia da prefeitura contra as empresas do Grupo Engevix. De acordo com o Município, há conexão entre ela e o Consórcio Mobilidade MT, fazendo parte do mesmo grupo econômico e estando envolvidas em uma obra na Região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo, e no município de Parauapebas (PA).

Segundo a denúncia, durante o processo licitatório para as obras determinadas pelo Governo do Estado, houve a participação de dois consórcios concorrentes. O primeiro, denominado "Consórcio Mobilidade MT", era composto pelas empresas Paulitec Construções Ltda e Trail Infraestrutura Ltda, enquanto o segundo, "Consórcio Construtor BRT Cuiabá", era composto pelas empresas Nova Engevix, Heleno & Fonseca Construtécnica SA e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.

O Município de Cuiabá apresentou documentos que demonstram que as empresas Paulitec Construções e Nova Engevix fazem parte do mesmo grupo econômico, pois elas instituíram o "Consórcio PN Príncipe", responsável pelas obras do Portal do Príncipe, realizadas no Espírito Santo, e o Consórcio Igarapé Lajedo, responsável pelas obras no Município de Parauapebas (PA).

“A Advocacia-Geral da União, ao receber a denúncia, imediatamente viu a solidez, a fundamentação e os indícios fortíssimos de que havia irregularidade, encaminhou imediatamente para a Controladoria Geral da União, a CGU, para que se amplie as investigações e que as providências fossem tomadas. Então, é mais uma situação que coloca em risco a irresponsabilidade de se colocar o BRT região metropolitana sem debater com a sociedade, sem debater com as autoridades, sem debater com o poder legislativo, sem debater com a sociedade cuiabana e várzea-grandense”, destacou. (Com informações da Prefeitura de Cuiabá)

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