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Política Segunda-feira, 11 de Setembro de 2023, 15:41 - A | A

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NOVO CAPÍTULO

Emanuel diz que alertou sobre quebradeira em VG e chama projeto do BRT de gambiarra

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que a suspensão das obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido, na sigla em inglês) em Várzea Grande já era algo previsto, devido à falta de projeto básico para dar início à implantação do novo sistema de mobilidade. As obras do modal na Avenida Couto Magalhães foram barradas pela Prefeitura de VG, após pressão de comerciante da região.

De acordo com o prefeito, a proposta enviada pelo governo era uma verdadeira "gambiarra" e não poderia ter outro resultado a não ser a confusão que está acontecendo na Avenida Couto Magalhães, onde empresários temem que o avanço da obra atrapalhe seus negócios, como aconteceu em 2014 na Avenida da FEB.

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"Quando não tem projeto, vêm as gambiarras e começam a fazer as improvisações, pegando a sociedade de surpresa. Se os comerciantes da Couto Magalhães e da Filinto Muller não reagissem, fatalmente iam fazer lá o que fizeram com a FEB: iam arrebentar tudo, iam levar à bancarrota e à quebradeira generalizada o maior corredor comercial de Várzea Grande, um dos maiores corredores comerciais da nossa região. Houve aí uma reação, a classe política várzea-grandense que entrou em defesa do comércio e, graças a Deus, por hora, vão discutir alternativas", disse Emanuel.

Na última semana, o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), esteve no Palácio Paiaguás para apresentar ao governador Mauro Mendes (União) a preocupação dos empresários, que temem ficar sem espaço para estacionamento com a implantação do corredor de ônibus, além dos prejuízos financeiros durante o período de obras. No entanto, Kalil reforçou que, como gestor, tem que olhar os dois lados da moeda: a classe empresarial e os usuários do transporte coletivo. O prefeito disse que a mudança do trajeto na cidade, incluindo avenidas que não estavam no projeto inicial, não o pegou de surpresa, mas faltam esclarecimentos. Agora, ele tenta resolver esse impasse para que o modal seja concluído.

Emanuel comentou que se sua equipe não tivesse analisado a papelada enviada pelo governo, o mesmo "erro" também aconteceria em Cuiabá, pois há avenidas que não estavam no projeto e foram incluídas "de uma hora para outra".

"Cuiabá também foi surpreendida na hora que divulgou que a Avenida Couto Magalhães e Filinto Muller iriam ter o traçado, foi um tempo de surpresa. Se entrar aqui, também vai precisar seguir na Getúlio Vargas e na Isaac Póvoas e Generoso Ponce. Pelo amor de Deus! Não cabe, não tem nem como, não tem caixa, não tem condição! O VLT-BRT é para linha intermunicipal, é Prainha, Avenida do CPA e Fernando Corrêa, subindo pela Coronel Escolástico. Ela não pode interferir no plano de mobilidade urbana ou no plano estratégico de transporte coletivo de um município. Então, tudo isso está acontecendo por falta de planejamento, por falta de projeto e por essa megalomania de você jogar R$ 1 bilhão fora e entrar com um projeto 'goela abaixo' da sociedade, perdendo oportunidade", destacou.

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