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Política Segunda-feira, 05 de Setembro de 2022, 16:11 - A | A

Segunda-feira, 05 de Setembro de 2022, 16h:11 - A | A

GUERRA DOS MODAIS

Emanuel aponta suposta fraude na licitação do BRT e vai pedir nulidade de contrato

“Se existe um ‘petrolão’ em Brasília, quem diria, existe um ‘consórcião’", afirmou o prefeito

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que vai acionar os órgãos de controle para investigar uma suposta relação da empresa Nova Engevix, que integra o Consórcio BRT, com empresas ligadas ao governador Mauro Mendes (União Brasil), assim como aliados e amigos do gestor estadual. Em entrevista coletiva realizada nesta segunda (5), Emanuel afirmou que o governo fez ‘vista grossa’ ao assinar o contrato para início das obras do BRT.

Documentos apresentados por Pinheiro apontam que a Nova Engevix tem sua origem na antiga Engevix, empresa investigada pela Operação Lava Jato e que firmou um acordo de leniência. Portanto, sustenta Emanuel, a empresa não poderia participar do consórcio formado para tocar as obras do BRT.

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Segundo Emanuel, a Nova Engevix faz parte do Consórcio PN Príncipe, que por sua vez seria consorciado à Concremat Engenharia, que, nas palavras do prefeito, se trata de um ‘shopping center’ de consórcios com atuação em todo Brasil. A Concremat, por fim, teria como sócia a empresa Novo Norte Ambiental Energia e Consultoria Ltda.

Essa última pertenceria ao empresário Fernando Robério de Borges Garcia, amigo do governador Mauro Mendes e pai do candidato a deputado federal Fábio Garcia (União Brasil), também aliado do governador.

Por fim, a empresa Novo Norte também teria em seu quadro societário as empresas Mavi Engenharia, de propriedade da família de Mendes, além da Advanced Investimentos e Participações S/A, que seria de propriedade de Fernando Robério Garcia.

Com base nesse elo entre as empresas, o prefeito disse que vai pedir na Justiça a nulidade do certame licitatório e, por consequência, do contrato firmado entre o Governo do Estado e a empresa.

“Se existe um ‘petrolão’ em Brasília, quem diria, existe um ‘consórcião’, porque está aqui, não digo a prova, mas o batom na cueca, como diz o ditado popular”, afirmou Emanuel, acrescentando que deve acionar o Ministério Público Estadual, MP Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado, além das Justiças federal e estadual.

“Se for o caso, onde couber na esfera cível e criminal, vamos agir para que uma investigação isenta e responsável seja feita sobre esses indícios fortíssimos de participação do governador do Estado, seu núcleo mais próximo de intimidade, com a empresa vencedora do consórcio BRT”, concluiu.

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