O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 5 de setembro, que as obras para implantação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla em inglês) não vão começar em Cuiabá. A declaração foi dada em entrevista coletiva convocada por Pinheiro, para apresentar uma série de denúncias contra a empresa que deve fazer as obras.
A ordem de serviço foi dada na semana passada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), no ato de assinatura do contrato com o Consórcio Construtor BRT. A ordem de serviço foi assinada após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender os efeitos de uma liminar do Tribunal de Contas da União (TCU), que havia paralisado o processo de troca do VLT pelo BRT.
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Para Emanuel, a decisão de iniciar as obras é 'imprudente', pois a decisão do STF foi proferida apenas em sede de liminar, assim como a decisão favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para a troca do VLT pelo BRT. Portanto, o início das obras poderia provocar prejuízo mais na frente, caso o TCE forme maioria no plenário contra a troca do modal.
Apesar de comentar sobre essa preocupação, Emanuel falou que as obras não vão ter início.
"Não vão iniciar porque nós temos o ordenamento normativo interno, decretos, que exigem a aprovação da Prefeitura de Cuiabá. Mas, vai haver uma grande pressão, inclusive, por se iniciar essa obra com Várzea Grande, conforme já noticiado. Então, o prejuízo poderá ser irreparável”, afirmou Emanuel, ressaltando que ainda é necessário aguardar uma decisão de mérito no TCE.
Emanuel ainda lembrou que sempre foi a favor do VLT, desde quando era deputado estadual, e ressaltou que as cidades que possuem o BRT já estão substituindo o modal pelo VLT, citando como exemplo o Rio de Janeiro.
“O mundo inteiro está partindo para o VLT, trocando o BRT pelo VLT. Está aí o Rio de Janeiro, que está desativando os corredores de BRT e partindo para o VLT. Vários lugares do Brasil e no mundo caminham para a modernidade, a dignidade, comodidade e o conforto que é o VLT”, concluiu o prefeito.