Sem esconder sua preferência pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta quinta-feira (4) que está aberto à troca do modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Só que, para isso, ele quer que os demais órgãos da sociedade civil organizada sejam ouvidos antes de "bater o martelo" sobre a mudança.
Emanuel esteve na Assembleia Legislativa na tarde desta quinta, em audiência pública convocada pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT), para debater a troca do modal de transporte coletivo, anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM) no dia 21 de dezembro do ano passado.
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Ao ser questionado pela imprensa sobre seu posicionamento, Emanuel afirmou, sem pestanejar, que é a favor da continuidade das obras do VLT. Contudo, admitiu estar aberto à troca caso essa seja a decisão da sociedade da Região Metropolitana de Cuiabá.
“Bom senso precisa haver de ambos os lados. Eu também não posso dizer ‘vai ser o VLT’. Essa é minha vontade. Agora, eu quero que a sociedade seja ouvida, eu quero que a Câmara seja ouvida, quero que a sociedade civil organizada participe. É necessário a presença da bancada federal, que a Assembleia Legislativa participe. Mas, se Cuiabá decidir pelo BRT...”, disse o prefeito, antes de ser interrompido.
Para exemplificar que está aberto à troca do modal, Emanuel revelou que esteve reunido com os empresários do transporte coletivo da capital no começo desta semana para falar sobre a compra dos novos ônibus. Na ocasião, foi interpelado pelos empresários sobre qual modelo comprar, já que o VLT permitiria o uso de portas à direita, enquanto o BRT exigiria portas à esquerda. Diante da indefinição, ele disse para comprar um modelo ‘misto’, com portas para os dois lados, que se adaptaria a qualquer um dos modais de transporte.
‘SEM DIÁLOGO’ – Emanuel voltou a criticar a forma como a decisão de troca do modal foi tomada pelo governo do Estado. O prefeito afirmou que jamais foi convidado para debater, apenas foi chamado a uma reunião com o objetivo de notificar sobre a mudança e, por isso, decidiu não comparecer.
“Essa reunião que o Stopa foi, me representando, foi para comunicar que o Estado decidiu mudar para o BRT. Não foi uma discussão de grupo de trabalho para decidir se mantinha o VLT ou se não. [...] Essa outra que me convidaram, que eu notifiquei que não iria, era para discutir caminhos para mudar para o BRT. Isso foi um tapa na cara dos cuiabanos”, pontuou.