A Procuradoria-Geral da Câmara Municipal de Cuiabá apresentou parecer contra o processo de cassação do vereador Paulo Henrique (MDB), alvo da Polícia Federal por possível envolvimento com o crime organizado. O motivo seria por conta de os parlamentares terem protocolado a denúncia com base em matérias de site de notícias e não em documentos oficiais, de inquéritos policiais.
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) disse nesta terça-feira, 25 de junho, em conversas com jornalistas que "são dois pesos e duas medidas" se for comparado o pedido de cassação da vereadora Edna Sampaio (PT), por suposta "rachadinha" com verba da sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. No caso de Edna, o pedido apresentado à Procuradoria da casa também teve como base denúncias de site de notícias.
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“A abertura de um procedimento contra o que está acontecendo com o vereador Paulo Henrique não é a condenação do vereador. A abertura é baseada em recortes de jornal, que foram aceitos no caso da vereadora Edna. Essa abertura se dá para que, no devido processo legal, ele possa se defender, possam ser chamadas pessoas para testemunhar a favor dele e possam ser chamadas, inclusive, pessoas da investigação. Dois pesos e duas medidas é o que eu vejo nessa análise”, disparou Maysa.
Entretanto, o parecer da procuradoria é opinativo e cabe a Comissão de Ética arquivar ou não o pedido de cassação de Paulo Henrique.
No começo do mês, sete vereadores protocolaram pedido de cassação do vereador Paulo Henrique. São eles: Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União), Eduardo Magalhães (Republicanos), Luiz Fernando (União), Maysa Leão (Republicanos), Michely Alencar (União), Sargento Joelson (PSB).
OPERAÇÃO RAGNATELA
O vereador Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão na Operação Ragnatela, que investiga um núcleo do Comando Vermelho em Mato Grosso, que promove shows nacionais e lava dinheiro em casas noturnas da capital. O parlamentar é investigado por suposta influência na liberação de alvarás para casas noturnas, e nega participação no esquema.