A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Águas Cuiabá vai ouvir na próxima segunda-feira (18), às 14h, a diretoria da concessionária. A investigação foi instaurada para apurar os serviços realizados, principalmente sobre matérias utilizadas na recomposição asfáltica e a qualidade da água distribuída para as residências.
O grupo já recebeu mais de 100 denúncias através do canal criado para que a população relatasse os problemas em obras e serviços realizados pela concessionária. As reclamações serão questionadas aos membros da Águas Cuiabá.
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"Está convocada a diretoria para prestar esclarecimentos sobre o objeto da CPI. Precisamos saber se a empresa está ciente de eventuais defeitos constatados e se há um plano de ação para resolver esses problemas. Outro ponto é a qualidade da água, uma vez que houveram denúncias de elementos cancerígenos na água distribuída. Queremos deixar bem claro que eles não vão vir só fazer uma apresentação, serão questionados sobre todas essas questões. Só de denúncias temos mais de 150 que chegaram", disse o presidente da CPI, vereador Diego Guimarães (Republicanos).
A oitiva será realizada no plenário das deliberações e será transmitido na TV (canal 30.3) e pelas redes sociais e site da Câmara.
Além das oitivas, a CPI também solicitou a disponibilização da engenheira da Câmara e de técnicos do Tribunal de Contas (TCE), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) para formação de um conselho técnico para realizar análise das obras realizadas pela Águas Cuiabá.
CPI - No requerimento de abertura da comissão, o autor da proposta cita que a concessionária não tem prestado os serviços de maneira satisfatória. Ele relata que Águas Cuiabá utiliza material de má qualidade na reposição da massa asfáltica, nos locais onde são realizadas as obras de implementação da rede de esgoto, que resulta na formação de buracos nas ruas da capital.
Além disso, o parlamentar contesta a qualidade da água. No documento, ele cita que "segundo análise de amostras coletadas entre 2018 e 2020, não é adequada para o consumo seguro da população".
Em nota, a Águas Cuiabá disse que está à disposição do Legislativo municipal para prestar esclarecimentos sobre os apontamentos feitos pelos vereadores.
