Dollar R$ 5,62 Euro R$ 6,09
Dollar R$ 5,62 Euro R$ 6,09

Política Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 12:33 - A | A

Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 12h:33 - A | A

TRETAS NA CPI

Conselho de Ética abre processo e Abílio pode enfrentar cassação por suposta transfobia

Representação contra Abílio foi proposta pelo PSol, que acusa o bolsonarista de transfobia contra a deputada Erika Hilton

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, 30 de agosto, instaurar processo para apurar suposta quebra de decoro parlamentar por parte do deputado federal Abílio Brunini (PL) e mais seis parlamentares. Pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio será investigado por uma suposta fala transfóbica contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP), durante a CPI dos Atos Golpistas. Ele nega as acusações.

Na mesma sessão, o Conselho também decidiu, por 13 votos a zero, arquivar uma representação do PT contra o deputado José Medeiros (PL). Ele era acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de xingar e agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG) quando este foi defender a parlamentar paranaense.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

A representação contra Abílio foi proposta pelo PSol, que acusa o bolsonarista de transfobia contra a deputada Erika Hilton. A situação ocorreu no dia 11 de julho, durante um pronunciamento de Erika na CPMI dos Atos Golpistas. Criticando as polêmicas criadas por Abílio, Erika disse que ele precisava "tratar sua carência em outro espaço", porque o Congresso é um espaço "sério". Pouco depois, ela foi interrompida pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), que denunciou a suposta fala "homofóbica".

"O seu Abílio foi homofóbico. Fez uma fala homofóbica, quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava oferecendo serviços. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário", disse.

Porém, laudo elaborado pela Polícia do Senado não identificou as supostas falas transfóbicas. O documento destaca que a qualidade do áudio foi um dos fatores que comprometeram as análises relacionadas à voz e à fala do parlamentar.

Abílio negou ter feito qualquer comentário transfóbico. Ele disse que, inicialmente, não deu atenção às falas que ocorreram durante a confusão, alegando que levou a situação com humor. Logo após, ele acusou os deputados e senadores de esquerda de editarem vídeos para compartilhar no Twitter sem nenhuma palavra proferida por ele que comprovasse que teria sido transfóbico.

“Nos vídeos, em todos que estão no Twitter e nos sites de notícias, não tem uma palavra minha de homofobia, não tem nenhuma palavra minha de ataque a Erika, não tem nenhuma palavra de ataque a ninguém”, ressaltou.

search