Após repercussão negativa, a Câmara de Cuiabá rejeitou o projeto de lei que cria o Dia do Orgulho Hétero. A proposta retornou para segunda votação na sessão ordinária nesta quinta-feira (10). Com o voto favorável apenas do autor da matéria, vereador Tenente Coronel Paccola (Cidadania) e do vereador Adevair Cabral (PTB), a ideia foi reprovada e arquivada com 18 votos.
Situação diferente quando o projeto foi aprovado em primeira votação, em 2021. Na época, 15 parlamentares se posicionaram favoráveis à criação da data. A proposta ganhou repercussão nacional, sendo noticiados por sites e repercutido nas redes sociais.
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A propositura pretendia comemorar o Dia do Orgulho Hétero no terceiro domingo de dezembro.
Antes da votação, Paccola defendeu o projeto alegando que em momento algum teve a intenção de desmerecer as lutas das minorias. Ele explicou que a ideia era elevar o debate, principalmente, no campo político.
“Nós vemos que por trás das lutas há uma destruição, um ataque à sustentação judaico cristã. E essa propositura é para uma reflexão, quando nós perdemos, e nos vimos, na questão cultural, pessoas publicando colunas dizendo ter vergonha de ser hetero e é justamente isso que não podemos carregar conosco a heteronormatividade, como alguns colocam, mas a criação divina foi do homem e da mulher e a partir do momento em que a gente não pode ter orgulho, nós temos que ter vergonha e a partir daí a gente começa a desconstruir o alicerce da sociedade que é um bem chamado de família”, disse.
“Não estou dizendo aqui que um casal gay deixa de ser uma família, eu concordo, acho que a luta é justa e defendo seus direitos civis, defendo as políticas que devem cuidar das minorias”, complementou alegando que foi desrespeitado nas redes sociais com a repercussão da matéria.
No entanto, a defesa não convenceu a maioria de seus colegas. Com a reprovação, o texto foi arquivado.
