A Câmara de Diamantino arquivou a denúncia apresentada contra o prefeito da cidade, Manoel Loureiro Neto (MDB), que foi alvo da Operação Avaritia, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) na última terça-feira, 15. O documento pedia o afastamento do emedebista por 180 dias e abertura de comissão processante que poderia cassar o mandato do chefe do Poder Executivo.
A votação ocorreu durante sessão ordinária realizada na segunda-feira, 21. Dos 9 vereadores, 7 votaram pela rejeição do documento, são eles: Adriano Soares Correa; Alfredo Matheus Keller; Diocelio Antunes Pruciano; Eraldes Catarino de Campos; José Carlos David; Michele Cristina Carrasco Mauriz; Ranielli Patrick Arruda Lima.
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Apenas os vereadores Arnildo Gerhardt Neto e Edimilson Freitas Almeida foram favoráveis à denúncia.
Ao decidir arquivar o documento, os parlamentares decidiram seguir o entendimento do setor jurídico da Câmara que apontou que o pedido afronta um Decreto Lei 201/67 que não traz previsão de afastamento prévio.
Um empresário de Diamantino apresentou uma denúncia contra o prefeito por infração política administrativa. Ele ressalta que a cidade foi destaque estadual e nacional devido a “conduta imoral e indigna” realizada pelo prefeito.
Manoel foi alvo de mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Avaritia que apura possível cobrança de propina para liberação de notas. Logo após esse episódio, foi divulgado um vídeo em que o emedebista aparece recebendo, supostamente, dinheiro de propina, o que foi negado por ele.
De acordo com o denunciante, os fatos envergonham a cidade que está em pleno desenvolvimento.
“Diamantino era para ser uma cidade pujante, como as demais cidades do agronegócio. No entanto, está parada no tempo e sem desenvolvimento por causa de prática imoral e incompatível com o cargo público realizada pelo então Denunciado. Fatos como esse maculam a imagem da cidade, afastam investimento, progresso e desenvolvimento local. Mais do que a perda financeira, tais fatos envergonham a índole de seu gestor, minando a esperança de um povo que luta e quer ver o progresso tão esperado chegar para sua cidade, suas casas e suas família”, diz trecho do documento.