O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), revelou nesta quarta-feira, 23 de novembro, que recebeu apoio dos parlamentares para que permaneça na Mesa Diretora no próximo biênio, mas na vaga de primeiro-secretário. A declaração de apoio foi feita durante um jantar na casa da deputada Janaína Riva (MDB), na noite de terça, 22.
Durante o encontro, Botelho revelou que não poderia disputar a reeleição à presidência da Casa, devido à resposta que recebeu em uma consulta feita ao Supremo Tribunal Federal (STF) e por orientações jurídicas que recebeu, sobre a possibilidade de concorrer ao cargo pela quarta vez consecutiva.
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“Nós já tínhamos algumas orientações jurídicas de que poderíamos estar impossibilitados [de reeleição], então não foi muito surpresa. Já tinha essa expectativa, de que pudesse ocorrer alguma intervenção jurídica. Infelizmente, a decisão do Supremo proíbe o terceiro mandato, nós temos que respeitar, mas houve, na reunião que tivemos ontem, apoio para eu ficar na Primeira Secretaria”, disse.
Botelho consultou o STF com receio de que se repetisse o mesmo que aconteceu no ano passado, quando o Supremo determinou a suspensão e posse dos eleitos para a Mesa Diretora do biênio 2011/2022. A recondução de Botelho, pela terceira vez consecutiva, foi considerada inconstitucional na época. Porém, ele conseguiu retornar à função um ano depois, quando o STF apontou que o julgamento não deveria se aplicar às eleições que já tinham ocorrido.
Antes de desistir de sua candidatura, Botelho havia comentado que já tinha apoio de 14 parlamentares. Agora, ele não sabe se consegue transferir o apoio que tem para o deputado Max Russi (PSB), que também constrói candidatura à Presidência.
Nos bastidores, comenta-se que os parlamentares não ficaram satisfeitos com a gestão de Russi na presidência, devido a supostas interferências do Executivo na Assembleia.
“Eleição de Mesa é conversação. Precisamos sentar, conversar e aparar algumas arestas, para ver se a gente consegue chegar a um consenso em torno disso. O parlamento foi totalmente independente do Paiaguás durante todos esses anos que eu fiquei na Presidência, não houve essa dependência. A gente quer continuar nesse mesmo caminho, então precisa ter esse compromisso do deputado Max, de que ele vai ser presidente dos deputados”, ressaltou.