Buscando construir forças para eleição municipal de 2024, principalmente em Cuiabá, o PSD começa a procurar nomes para liderar as chapas majoritárias. Circula nos bastidores que o partido convidou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), para migrar a suas fileiras e colocar em prática o projeto dele de disputar a prefeitura de Cuiabá.
No entanto, ao ser questionado pela imprensa sobre o assunto, Botelho disse que não estava “namorando” nenhuma agremiação e que seu objetivo agora é tentar convencer seus colegas do União Brasil a apoiarem sua proposta.
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“Eu tenho interesse [disputar a prefeitura de Cuiabá], nunca neguei isso e vamos começar a fazer o trabalho, mas o meu trabalho é dentro de Casa, é dentro do meu partido, é dentro da onde eu estou, isso que é o meu trabalho, convencer as pessoas que ainda não apoiam [seu projeto], convencer as pessoas que não acreditam que eu posso ser um bom prefeito, convencer o governador [Mauro Mendes] que eu posso ser um bom gestor, convencer um grupo do União Brasil que eu possa ser uma boa representação para Cuiabá, esse trabalho que eu vou fazer daqui para frente”, disse em entrevista à imprensa nesta semana.
Além de Botelho, o União Brasil ainda tem outro pretenso candidato à Prefeitura de Cuiabá, o deputado federal e presidente da sigla, Fábio Garcia. A batalha do presidente da Assembleia Legislativa em convencer seu partido deve ser árdua, uma vez que Fábio Garcia é apadrinhado pelo governador Mauro Mendes.
O partido é repleto de grandes nomes, fator que faz com que Mauro não seja o único líder. Além dele e do presidente da Assembleia Legislativa, o partido ainda é a casa dos ex-governadores Jayme e Júlio Campos, hoje senador e deputado estadual, respectivamente.
Outro fator que pode dificultar o objetivo de Botelho é sua amizade e boa relação com o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), principal adversário do governador Mauro Mendes. A richa entre os dois ultrapassa os limites republicanos em vários sentidos, chegando os dois dificultar a atividade política um do outro, sempre que possível, mesmo que isso signifique prejuízos à população.
Enquanto Botelho mantém a boa convivência com Pinheiro, Fábio Garcia segue a linha de seu padrinho político e, sempre que abordado sobre o prefeito, dispara críticas à sua gestão, o que pode contribuir diretamente para a decisão de Mauro acerca do nome a receber seu apoio em 2024.
