Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) garante que o BRT (Bus Rapid Transit) não vai se transformar em um novo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), cuja implantação foi iniciada durante o governo Silval Barbosa e nunca foi concluída. As obras do BRT se encontram paralisadas e os impactos negativos já começaram a aparecer, com comerciantes reclamando de queda nas vendas das empresas localizadas nos arredores das obras.
Cidadãos cuiabanos reclamam há dias que as obras estão paradas e que nenhum operário é visto trabalhando na implantação do modal. O governo previa a conclusão do BRT ainda em 2024, mas esse prazo já foi estendido e a obra não está nem perto da metade na Avenida do CPA, faltando ainda toda a extensão da Avenida Fernando Corrêa. Mesmo assim, Botelho garante que o modal será entregue à população.
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"Engana-se quem pensa [que não será entregue]. O BRT vai ser entregue e vai estar funcionando, isso eu garanto. Está tudo bem planejado, as compras dos ônibus. A estrutura do BRT é diferente do VLT. Acabou estas obras, é só colocar os ônibus para rodar e está funcionando, está entregue. É diferente do VLT, que precisava de estações e rede de energia por todo lado. Então, o BRT vai ser entregue, e quem está apostando que não será, vai perder", afirma Botelho.
Botelho alega ainda que existem alguns gargalos sendo resolvidos pelo secretário de Infraestrutura, Marcelo Padeiro. Entretanto, ele garante que não é nada que faça paralisar as obras.
Há alguns dias, o governador Mauro Mendes (UB) chegou a dizer "que o bicho ia pegar" para as empreiteras do Consórcio Construtor BRT, devido aos atrasos nas obras do modal.
“Eles [Consórcio BRT] vão ser novamente, pela segunda vez, notificados. Se não houver uma reação muito rápida nos próximos dez dias, garanto que o bicho vai pegar para o lado deles, porque é inadmissível. O Governo paga, literalmente, em dia. Se tem empreiteira performando mal, é por incompetência, falta de gerenciamento”, disse Mauro, durante entrevista à rádio CBN.
A fala de Mauro gerou um mal-estar com o Consórcio BRT, que culpou o governo por má qualidade nos projetos e apontou falhas de planejamento, como problemas com a drenagem pluvial da Avenida do CPA. Após esse embate entre o governo e as empreiteiras, o ritmo da obra diminuiu ainda mais, chegando ao ponto em que já não se veem mais trabalhadores no canteiro.
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