O presidente do PT em Mato Grosso, deputado Valdir Barranco, disse que o partido não “abraçará” candidatos fora da federação que não assumam de “corpo, alma e coração” a possível candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, na eleição deste ano. A resposta foi dada ao questionamento da possibilidade de apoio ao deputado Neri Geller, que é pré-candidato ao Senado Federal.
Geller foi ministro de Agricultura durante o governo de Dilma Rousseff e atualmente seu partido, o PP, faz parte do arco de alianças do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na avaliação de Barranco, Neri não subirá no palanque de Lula, por isso, um eventual apoio a ele é descartado.
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“Neri não assume a candidatura do Lula e para nós, o primaz, é a pessoa que assume de corpo, alma e coração a candidatura do Lula. Ele não fará isso, não adianta [insistir] que não fará. Então, nós temos a obrigação de ter uma candidatura ao Senado que possa fazer esse compromisso, que nós possamos confiar. Então da minha parte, lógico que o PT e a federação são muito maiores do que eu, mas minha opinião é de que Neri Geller não assumirá campanha do Lula, portanto, não tem chance de nós estarmos com ele”, destacou durante entrevista à imprensa na quarta-feira, 18 de maio.
Barranco comentou que os partidos que compõem a federação “Brasil da Esperança” – formado pelos partidos de centro-esquerda: PT, PCdoB e PV – ainda não discutiram nomes para concorrer à senatoria. Ele falou que o diálogo sobre o tema acontecerá apenas quando definirem nome para disputar o comando do Palácio Paiaguás.
Dos cargos majoritários na eleição deste ano, o grupo discute o nome do vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, e da ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli, ao governo. O PT disse que até o final de maio deve apresentar um nome para ser discutido entre as legendas. Já ao Senado Federal, o PV deve apresentar o nome da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.
"O Senado ainda não entrou na pauta de nenhuma das reuniões da federação. Se o Emanuel [Pinheiro, prefeito de Cuiabá] citou a esposa dele é por responsabilidade dele”, destacou.
