O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) falou pela primeira vez sobre a investigação aberta pelo Ministério Público de Mato Grosso a respeito de uma foto publicada em suas redes sociais com várias pessoas armadas e continua uma criança. Segundo o parlamentar, o objeto que a criança segurança, que aparenta ser uma espingarda, é uma arma de brinquedo.
"Estão bem enganados [o MP]. A criança está portando um brinquedo e não uma arma. Deve, sim, investigar, para tentar entender e perceber que é um brinquedo que você compra em qualquer loja", disse Cattani, na manhã desta sexta-feira, 5 de agosto, durante convenção do PL em Cuiabá.
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Cattani ainda ressaltou que ele e os membros de sua família têm porte de arma e todos, exceto as crianças, estavam armados dentro de sua propriedade, em conformidade com a lei.
"Todas são registradas e porteadas por mim e minha família dentro da minha propriedade. Vão estar investigando e descobrindo que é uma arma de brinquedo [no caso da criança]".
Candidato a reeleição para deputado estadual, Cattani ainda rebateu as críticas feitas pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União Brasil), que nessa semana disse que políticos devem ter certos cuidados ao postarem fotos nas redes sociais.
"Começa por ele dizendo que não viu a foto. Tem que falar o que, então?”, questionou Cattani. Ainda mais incisivo, o deputado defendeu que policiais que deixam a Segurança Pública para se tornarem políticos devem, sim, andar armados.
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"Se quer entrar na política, tem que esquecer a arma", dispara Botelho
A frase foi uma resposta a Eduardo Botelho, que demonstrou descontentamento com episódios recentes envolvendo políticos mato-grossenses, entre eles o vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos), que é réu por homicídio qualificado, pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, no dia 1° de julho, em frente de uma distribuidora na região central de Cuiabá.
"Se quer entrar na política, tem que esquecer a arma dele. A arma do político é o diálogo", disse Botelho.
"Como deixar arma de lado? Se é polícia é pra vida toda. Se ele prendeu um bandido, um estuprador, como vai ficar sem arma? Pra ser morto? Tem que andar armado sim. [...] Até dentro do parlamento. Tendo seu porte de arma, ele tem todo o direito, está na Constituição", rebateu Cattani.
O político ainda usou como exemplo o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro, que entra armado no parlamento.