O governador Mauro Mendes (União) disse que está exausto de ficar “mendigando” ao Governo Federal para que repasse a gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães para o Governo de Mato Grosso. Ele comentou que está indo a Brasília desde o governo Jair Bolsonaro (PL) e até então não obteve nenhuma resposta positiva.
Apesar do cansaço, Mendes comentou que não vai desistir fácil da ideia. Tanto é que a bancada do Estado articula no Congresso a aprovação de um projeto de lei que faz essa transferência, por enquanto, o assunto está parado no Senado Federal.
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“Falei com o ministro Rui Costa [Casa Civil], eu já estou afundando, exausto já. É algo assim, para mim... Cara, se um prefeito chegar para mim: 'governador, eu tenho aqui uma estrada aqui que é do Estado, dá ela para mim (sic) cuidar'. Agora, poucos dias, aconteceu de um prefeito pedir lá, não sei se foi de Sorriso, se eu não me engano, uma MT lá, que eles podiam cuidar dela. 15 dias eu passei para eles. Fiz o decreto, autorizei, está lá, está na mão. Porque é uma prefeitura que tem condição de fazer. Pediu, ora bolas”, exclamou durante entrevista à imprensa.
Mauro criticou a intenção do governo em transferir o atrativo turístico e ambiental para iniciativa privada. Ele lembrou que a empresa que venceu o leilão durante o governo Bolsonaro, iria investir no local muito menos que o Estado de Mato Grosso pretende aplicar no parque, de R$ 200 milhões em três anos.
“O que eu estou pedindo para o Governo Federal, é isso, olha, me passa o Parque, não vai fazer esse ridículo investimento de R$ 18 milhões em 30 anos, depois cobrar R$ 100 do trabalhador. Um absurdo, quem mora em Cuiabá, Várzea Grande, Chapada, vai pagar um pouco menos. Vem cá, e quem mora em Livramento? Quem mora em Acorizal? Quem mora em Campo Verde? E o trabalhador de Poconé? E todos os municípios de Mato Grosso, vão pagar 100 reais para entrar no parque? Para visitar uma cachoeira? Um absurdo um negócio desse”, enfatizou.
O governador ainda comentou que tem procurado ministros e até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, mesmo assim, as tratativas não estão indo para frente.
“Está me deixando até meio desgostoso, porque é uma responsabilidade deles que eu estou pedindo para mim, e infelizmente não sei o que acontece lá, que não está passando. Mas não vou desistir, não sou um homem de desistir fácil”, ressaltou.
