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Política Sexta-feira, 07 de Março de 2025, 14:59 - A | A

Sexta-feira, 07 de Março de 2025, 14h:59 - A | A

CASO RENATO NERY

Aliado do governador, Júlio diz que exoneração de PM gera dúvidas sobre vazamento de operação

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que a exoneração de Wailson Alesandro Medeiros Ramos, como segurança da Casa Civil, causa suspeitas sobre a possibilidade de a "Operação Office Crimes - A Outra Face" ter sido vazada ao governador Mauro Mendes (União). Isso porque o militar foi demitido do cargo um dia antes de ser alvo da ação policial, que investiga o assassinato do advogado Renato Nery, morto a tiros em julho do ano passado. Júlio comentou o assunto com a imprensa na manhã desta sexta-feira, 7 de março.

“Deixa um pouco de dúvida [a exoneração na véspera da operação policial], é lamentável isso”, disse.

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Apesar da dúvida levantada, o parlamentar ressaltou que o fato de ter um policial investigado por assassinato trabalhando próximo ao governador não significa que o chefe do Poder Executivo tenha envolvimento no crime ou que tinha conhecimento de tal coisa.

“Agora, a Polícia Civil de Mato Grosso agiu com competência, com seriedade e, infelizmente, revelou o envolvimento de policiais militares nesse acontecimento, o que é muito lamentável, mas que tem que ser bem claro, porque um deles parece que fazia parte da segurança pessoal do governador Mauro Mendes. Não significa que o governo tenha algum envolvimento com isso. São falhas humanas”, disse.

Wailson foi preso nesta quinta-feira, 6 de março, na Operação Office Crimes - A Outra Face, que investiga envolvidos na morte do advogado em Cuiabá. Ele estava lotado no Governo em 2 de janeiro de 2025.

Além de Wailson, outros militares também foram alvos da operação, sendo Heron Teixeira Pena Vieira (terceiro-sargento da Rotam), Jorge Rodrigo Martins (segundo-sargento da Rotam), Leandro Cardoso (terceiro-sargento da Rotam) e Wekcerlley Benevides de Oliveira (soldado, lotado no Comando-geral-adjunto da PMMT).

Um caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva, também foi preso, apontado como executor. 

 

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