A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou nesta terça-feira (26), em primeira votação, o projeto "Mato Grosso Série A", que vai fomentar clubes de futebol que estejam competindo a Série A e B do Campeonato Brasileiro. Apenas o deputado Lúdio Cabral (PT) votou contra a aprovação da matéria.
Proposto pelo Poder Executivo, o projeto tem como finalidade incentivar a profissionalização de equipes de futebol, além de promover meios para que as equipes se mantenham em meio 'elite' do futebol. Para isso, serão destinados R$ 4,5 milhões aos clubes.
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O texto aprovado pela Assembleia prevê que R$ 3,5 milhões serão destinados aos clubes na Série A e R$ 1 milhão ficará para os clubes na Série B. Como Mato Grosso não tem times disputando a Série B do Brasileirão, os deputados alteraram a redação para permitir que esse valor seja repassado a clubes nas séries C e D.
Crítico do projeto, Lúdio ressaltou que o Cuiabá é um clube-empresa e que subiu para a elite do futebol sem nunca ter dependido de um real de incentivo do Estado. Ele afirma que os R$ 4,5 milhões que o Estado quer investir em times de futebol deveriam ser aplicados na Saúde e Educação, que são obrigações do Estado.
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“Esse projeto traz insegurança jurídica, porque há projetos de vários tribunais de contas do país contrários a esse tipo de patrocínio, porque vai contra os princípios da administração pública. O Cuiabá é um clube privado e não poderia receber esse tipo de patrocínio com dinheiro público”, afirmou.
Entusiasta do futebol mato-grossense, o deputado Wilson Santos (PSDB) defendeu o esporte como uma fonte de renda e que ressaltou que a presença do Cuiabá na primeira divisão tem ajudado a divulgar o nome das cidades e do estado de Mato Grosso, atraindo turistas.
“Concordo plenamente. O futebol é um gerador de renda e de emprego, e ocupa a ‘chamada mídia espontânea’, que divulga o nome da cidade e do estado. O governo está correto quando também investe no futebol profissional”, disse Wilson, ressaltando que o Estado tem ampliado investimentos em Assistência Social e Saúde, para rebater os argumentos de Lúdio.
O projeto ainda será submetido a uma segunda votação antes de ser encaminhado para sanção do governador Mauro Mendes (DEM).
