A grande abstenção registrada nas eleições municipais deste ano são um alerta de que o eleitorado está insatisfeito com a classe políticas, cansado de escolher o candidato ‘menos pior’ por pura obrigação com a Justiça Eleitoral. A avaliação foi feita pelo governador Mauro Mendes (União), ao defender que os políticos façam uma ‘reflexão’ sobre esse problema.
Mauro ainda aposta que a taxa de abstenção seria muito maior se o voto não fosse obrigatório no país.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Talvez, há muitos anos no Brasil, em muitos lugares ou em muitos momentos, as escolhas que nós temos são fazer uma opção pelo menos pior. Então, quando você tá votando no menos pior, você vai fazer uma opção porque é obrigado. Se parasse o voto obrigatório no Brasil, muito provavelmente essa abstenção seria muito maior e muito mais terrível”, afirmou.
Cuiabá registrou 25,73% de abstenção no segundo turno deste ano, o que significa que 114.533 pessoas não foram votar, quase 21 mil pessoas a mais que o registrado em 2020, quando a abstenção foi de 24,78%. Antes, os cuiabanos tinham que escolher entre Abílio Brunini (PL) e Emanuel Pinheiro (MDB). Agora, a decisão foi entre um ‘novo Abílio’ e Lúdio Cabral (PT).
Porém, Cuiabá foi a capital do Centro-Oeste que teve o menor nível de abstenção. Em Goiânia (GO), a abstenção chegou a 34,20% do eleitorado, com um total de 352.393 faltosos às urnas. Já Campo Grande (MS) registrou 184.812 abstenções - 28,60% do total de eleitores.
Mauro considera que isso é um alerta de que a classe política precisa fazer uma reflexão sobre a mensagem do eleitorado, que dá sinais de sobra de sua insatisfação;
“Nós, aqueles que estamos na classe política, precisamos fazer uma reflexão. O brasileiro mostra de diversas formas, votando aleatoriamente num candidato ou no outro, mudando completamente o jeito de agir, mostra que existe uma insatisfação com as classes políticas e, acima de tudo, com aqueles que se apresentam. Porque o julgamento, no final do dia, é sobre o candidato, sobre o que ele fala, como ele se comporta, o que ele diz e, principalmente, o que ele representa dentro do imaginário popular”, concluiu.