O prefeito Abilio Brunini (PL) convidou seu antecessor Emanuel Pinheiro (MDB) para participar do Comitê de Ajuste Fiscal da Prefeitura de Cuiabá. O novo gestor alegou que esta será uma oportunidade para o emedebista mostrar aonde está o dinheiro que ele alega ter deixado ao seu sucessor e para explicar os motivos pelos quais deixou dívidas em aberto ao finalizar o mandato. O convite foi realizado durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 06 de janeiro, na Prefeitura Municipal de Cuiabá.
“[...] então até o Emanuel pode participar desse comitê, está convidado para falar por que que ele deixou a dívida pra gente pagar, aí ele vem e explica onde que está o dinheiro, já vi que ele tem bastante informação sobre esse assunto. Vem cá Emanuel, está convidado! Vem cá e mostra pra gente aonde que está o dinheiro que você falou que serve para pagar as contas”, disse o prefeito.
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Após anos de enfrentamento político, os dois agora andam se estranhando por causa do dinheiro da Prefeitura. Desde que assumiu o comando, Abilio tem pontuado como principal problema a falta de recursos financeiros nos cofres públicos. Na última sexta-feira, 3, ele decretou estado de calamidade financeira no Município.
Segundo o novo prefeito, Emanuel deixou um déficit de meio bilhão de reais, além de uma dívida de R$ 1,6 bilhão, que teria se acumulado entre 2017 e 2024, período que o emedebista comandou a capital mato-grossense em seus dois mandatos.
Já Emanuel afirmou em suas redes sociais que deixou os cofres da Prefeitura com R$ 33 milhões em caixa para o novo prefeito pagar a folha dos servidores. A lei estipula como data limite o dia 10 de cada mês para a Prefeitura pagar os salários, porém, a gestão anterior costumava quitar a folha no último dia do mês. Porém, no mês de dezembro, o pagamento não foi feito dentro do mês trabalhado, o que frustrou o planejamento financeiro dos servidores, principalmente por causa das festividades de fim de ano.
Em um decreto, publicado na Gazeta Municipal na última sexta-feira, 04 de janeiro, Abílio detalha os valores que compõem o "rombo" nos cofres públicos da capital, além de afirmar que o ex-prefeito deixou apenas 6% do valor necessário para quitar a folha de pagamento dos servidores.
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