O prefeito Abilio Brunini (PL) vai acabar com a distribuição de marmitas às pessoas em situação de rua em Cuiabá. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 17 de janeiro, durante visita à rotatória do Alvorada, próximo à Rodoviária, e Beco do Candeeiro, locais onde há maior concentração de moradores de rua na capital.
Em conversa com jornalistas, Abílio afirmou que também irá proibir que instituições religiosas, associações e voluntários façam doações de marmitas. A medida deve começar a valer em dois meses, quando acabar o contrato de fornecimento de marmitas firmado pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
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"Não quero mais continuar com esse programa de entregar marmita nas ruas e não quero nem que a sociedade faça mais isso. Quero orientar a sociedade, as entidades religiosas, as associações, não entregue marmitas nas ruas", disse.
Abilio afirmou que irá restabelecer os locais de fornecimento de refeições à população vulnerável, como o Restaurante Popular e o Centro de Apoio, que ainda será desenvolvido. Segundo o prefeito, os moradores de rua ainda terão alimentação garantida nesses locais, mas precisarão ir até lá se alimentar. Conforme Abílio, a distribuição de marmitas contribui para que "as pessoas continuem nas ruas".
"Não queremos mais que isso continue, porque todo tipo de facilitação para que essas pessoas continuem nas ruas, prejudica todas as ações de tirá-las de lá. Porque, ao mesmo tempo em que lutamos para que ela faça tratamento e busque cuidados, tem pessoas facilitando a situação para que elas permanecem aqui", comentou.
O prefeito também garantiu que dará suporte à população de rua. Segundo ele, essas pessoas deverão procurar o prédio da Assistência Social, localizado na Avenida das Torres, para conseguirem ajuda.
Abílio tem defendido, desde a campanha eleitoral, a retirada dos moradores de rua, especialmente aqueles que ocupam a região do Centro Histórico. Durante a campanha, ele chegou a propor a criação de um programa para enviar as pessoas de volta para as cidades de onde vieram, mas acabou sendo criticado pelos órgãos de controle e mudou de ideia.
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