A abordagem policial que chamou a atenção da população cuiabana por sua truculência ganhou um novo ângulo com um vídeo divulgado nesta sexta-feira (05) onde é possível ver um policial militar com o joelho em cima da nuca de um suposto morador de rua, no bar Tatu Bola, na Praça Popular, região nobre de Cuiabá. A abordagem violenta teria sido o estopim para a confusão generalizada que terminou com a prisão de diversos clientes, entre eles um defensor público e um procurador do Estado.
No vídeo, é possível ver três policiais em cima do homem, que gritava que estava sem ar e que os policiais o estavam matando. Na gravação também é possível ver o chão sujo de sangue. O vídeo segue mais alguns segundos com a clientela do estabelecimento observando a abordagem.
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No momento que o procurador do Estado questiona a abordagem, o policial responde gritando, dizendo que a abordagem era daquele jeito e que ele era policial militar.
O vídeo segue por mais alguns instantes de discussão, com um segurança do estabelecimento dizendo que aquele homem que estava no chão era “vagabundo” e que ele não respeitava.
A gravação termina com o policial e o procurador iniciando a discussão que terminaria mais tarde na briga generalizada no estabelecimento.
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Em nota, o Comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Alexandre Corrêa Mendes, reconheceu a truculência dos policiais e declarou que se fosse preciso “iria cortar na carne”.
Veja nota abaixo:
Sobre o episódio na Praça Popular
É com preocupação que assisto uma abordagem realizada nessa noite de quarta , dia 03, em um restaurante na praça popular. Embora o calor dos fatos deva ser observado para interpretar com justiça a ação policial, figura inconteste a ausência, em grau a ser apurado, do exigido pelo procedimento operacional padrão. Como medida imediata, instauramos a devida sindicância de modo a elucidar todas as condutas, ressaltando, por dever, o total compromisso da PMMT com a eventual responsabilização dos envolvidos na ocorrência, bem como nosso integral respeito e solidariedade aos possíveis cidadãos ofendidos, sejam eles operadores do direito como um dos abordados, sejam quem forem. Importa, sobretudo, esclarecer os fatos em proveito à nossa tropa que trabalha sem olhar cargos ou sobrenomes, sempre tecnicamente.
Saliento, por derradeiro, que sempre serei o primeiro a defender minha tropa quando atacadas de forma injusta, mas, o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes. Pois é intolerável ações que possam macular a imagem institucional da PMMT. De nossa parte, independente de quem seja, doa a quem doer e sem qualquer corporativismo, a verdade dessa lamentável ocorrência será esclarecida.
Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT
VEJA VÍDEO: