Preso em flagrante por suspeita de integrar o grupo que furtou uma borracharia, incendiou pneus para bloquear estradas e trocou tiros com a polícia, o produtor rural Vilso Gabriel Brancalione, 25 anos, ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais. Ele também postava vídeos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos bloqueios nas rodovias, feitos por pessoas que não aceitam a derrota de Bolsonaro nos dois turnos da eleição presidencial.
Vilso era ativo nas redes sociais e usava o TikTok para mostrar sua rotina como empresário do agronegócio. Publicou vídeos de uma viagem para Dubai, para participar de eventos, e de uma viagem a Brasília com o mesmo objetivo. Ele é delegado substituto da Aprosoja desde 2021.
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Também publicava vídeos apoiando os bloqueios de rodovias e os acampamentos em frente a quarteis, usando hashtags com os dizeres “não podemos parar”, “sem desanimar” e “democracia”.
Gabriel foi preso junto aos empresários João Pedro de Lima Ceolim e Felipe Carvalho Duffeck. Os três devem responder por furto, disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, ameaça, crimes contra a paz pública, direção perigosa, bloquear via com veículo, entre outros crimes.
A prisão em flagrante deles foi convertida em preventiva pela Justiça Federal na última quinta-feira (24), como forma de resguardar a ordem pública.
Segundo o boletim de ocorrência, os três foram presos após furtar pneus em uma borracharia para queimar em um bloqueio de rodovia na BR-163, próximo a Nova Mutum. Policiais militares alegam que os suspeitos atiraram quando foram interceptados pela viatura. Eles fugiram e se esconderam em uma fazenda, mas foram localizados e acabaram se entregando.
Os suspeitos disseram aos policiais que agiram por conta própria, mas a polícia investiga a participação de outras pessoas nos crimes. Rádios de comunicação foram encontrados com os suspeitos.