Pai e filha prestaram depoimento nesta terça-feira (14), na Delegacia de Homicídos e Proteção à Pessoa (DHPP), sobre o homicídio que tirou a vida de Isabele Guimarães Ramos, 14, no último domingo (12), ao levar um tiro na cabeça em uma residência no condomínio Alphaville I, em Cuiabá.
O depoimento do empresário durou mais de sete horas, enquanto o da sua filha teve cinco horas. Os depoentes não quiseram falar com a imprensa sobre os fatos e somente o advogado Rodrigo Pouso Miranda no final que disse que foi um acidente e que a adolescente não tinha experiência com armas.
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Apesar do vídeo que circulou nas redes sociais, mostrando a adolescente com habilidade com pistolas e do presidente da Federação de Tiro Mato Grosso (FTMT) em data anterior ter informado que o empresário, esposa e filhas praticavam tiro esportivo há 3 anos, o advogado revelou que a garota treinava há apenas 4 meses.
"Ela faz tiro esportivo, mas essa fatalidade não foi durante treino, ela não tem experiência, fazem quatro meses só, ela é imperita, ainda está aprendendo... Nesse primeiro momento, peço que respeitem, porque estão saindo muitas informações inverídicas. São duas familias, duas crianças que eram amigas íntimas e as famílias estão extremamente abaladas", disse o advogado.
O jurista ainda defendeu que foi uma fatalidade e que todos estão abalados com a situação. Segundo o advogado, a adolescente contou que a arma caiu do case e estava carregada e quando foi pegar o objeto, houve o disparo que acertou a narina da vítima e transfixou a nuca da adolescente que morreu no local.
A pistola calibre 380, arma que matou a adolescente pertencia ao pai do namorado da amiga que efetuou o disparo, segundo as investigações. O proprietário da arma inclusive foi intimado para comparecer a delegacia e prestar esclarecimentos.
A equipe da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) ainda analisa o caso para emitir o laudo pericial e encaminhar ao delegado Olímpio da Cunha Fernandes Júnior responsável pelas investigações, que disse que fará uma coletiva de imprensa, para detalhar sobre o que de fato aconteceu na residência.
O Ministério Público Estadual (MPE) em um parecer sobre o pedido de majoração de fiança contra o empresário, na terça-feira (14), reforçou que Marcelo deveria ser indiciado por homicídio culposo, ao entregar uma arma carregada para que a filha manuseasse, mesmo tendo outra adolescente no imóvel.
*Nomes dos envolvidos preservados em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)