A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (2/2), em conjunto com a CGU, a operação Higeia. O objetivo é investigar a existência de uma estrutura criminosa organizada que teria atuado para fraudar procedimentos licitatórios na área da prestação de serviços de traumatologia e ortopedia, culminando na adesão de uma ata de registro de preço licitada pelo governo do Acre.
Foram expedidos dez mandados de busca e apreensão pelo Tribunal Federal da 1ª Região, para serem cumpridos em Boa Vista/RR, Cuiabá/MT e Goiânia/GO, além da determinação para bloqueio de bens de mais de R$ 30 milhões dos investigados.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
As investigações indicam que a contratação foi feita sem um estudo técnico preliminar comprovando a necessidade interna do serviço, desconsiderando auditorias anteriores do TCU e da CGU que indicaram suspeitas de direcionamento de licitação e superfaturamento da contratação da empresa pelo governo do Acre.
Além disso, também foi ignorada a recomendação da própria Controladoria-Geral do Estado de Roraima para a não contratação destes mesmos serviços.
EM CUIABÁ
Na capital, a empresa alvo da Polícia Federal foi a Medtrauma Serviços Médicos Especializados Ltda, consultório de traumatologia, localizado no edifício Santa Rosa Tower. A empresa foi alvo de uma busca e apreensão nos desdobramentos da Operação Higeia.
Dentre os sócios da empresa estão figuras já investigadas, são eles: Alberto Pires de Almeid, Osmar Gabriel Chemin e Gabriel Naves Torres Borges.
O trio foi investigado em Mato Grosso durante o ano de 2023, nos desdobramentos da Operação Espelho, que constatou fraudes em licitações durante a pandemia do Covid-19.