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Polícia Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 08:57 - A | A

Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 08h:57 - A | A

CASO VICENTE CAMARGO

Investigação vai apurar se donas de creche mentiram no depoimento à Polícia Civil

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

As investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vão apurar se as donas do berçário Criança Feliz ou mentiram em seus depoimentos quando disseram que Vicente Camargo havia se asfixiado com o leite ou se apenas estavam mal informadas do que ocorreu na quarta-feira (17), quando o bebê morreu. Atualmente, o caso é investigado como um homicídio após o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontar que Vicente sofreu um traumatismo craniano.

O questionamento foi levantado pelo delegado Marlon Conceição Luz, da DHPP e que encabeça a investigação do caso, em depoimento ao Estadão Mato Grosso. Para Marlon, esclarecer o motivo pelo qual as cuidadoras do berçário disseram que Vicente havia sido asfixiado é justamente o que impacta na investigação.

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“A gente precisa esclarecer também essa intenção da creche, de prepostos da creche, terem divulgado a possibilidade de o bebê ter sido engasgado, asfixiado e, a partir dali, ter iniciado uma manobra de reanimação. Então, por que os prepostos da creche disseram isso? Apontaram que a criança havia sido asfixiada, engasgada? É justamente um dos pontos que a gente precisa esclarecer nesse momento”, explicou o delegado.

As respostas para esse e outros questionamentos virá com o novo exame pericial no corpo de Vicente que o delegado solicitou ainda na semana passada, após a chegada da primeira leva de resultados que apontou o traumatismo craniano.

Até o momento, não há previsões da chegada desses exames.

Outro ponto que ainda segue nebuloso é pelo que houve o impacto que matou Vicente. Marlon explica que apesar de ser difícil afirmar com exatidão qual foi esse objeto, as investigações seguem em uma linha até chegar o mais perto possível do que aconteceu.

“O laudo médico aponta que é um instrumento contundente, mas um instrumento contundente pode ser diversos instrumentos, pode ser um soco, pode ser uma queda, pode ser a batida da cabeça numa parede, numa quina, um chute, não tem como precisar isso. A gente chega mais perto possível da forma com que aconteceu, analisando mesmo as lesões, o que demarcou no bebê, o que marcou na testa, na parte interna, e esses pontos nós não tivemos de resposta. A gente precisa dessas respostas para esclarecer os fatos, mas dificilmente consegue se afirmar qual foi o objeto que provocou aquilo”, disse o delegado.

O CASO

Vicente de Camargo, de apenas seis meses, morreu na metade desse mês e o caso abalou a população de Cuiabá, Várzea Grande e de outros municípios ao redor do estado e do Brasil. Após a morte de Vicente, o que se instaurou foi uma luta entre as donas da creche e a mãe de Vicente onde enquanto as donas da creche tentam justificar como um acidente, a família tenta provar que a criança foi assassinada.

Clique aqui e leia mais sobre o caso.

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