O inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro do ano passado na porta do seu escritório, foi concluído nesta terça-feira (09) e o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou o empresário Aníbal Manoel Laurindo como o mandante do homicídio. Nilson, que encabeçou a investigação do caso desde a execução de Zampieri, afirma ter total certeza que Anibal é o mandante do crime.
A declaração foi dada nesta terça, em uma coletiva de imprensa na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Aos jornalistas, Nilson afirmou que acredita totalmente na culpa de Anibal por uma série de fatos coincidentes.
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“Na fase dos inquéritos que é inquisitiva, a conclusão minha como autoridade policial é com 101% de certeza que foi Anibal quem mandou matar o advogado Roberto Zampieri”, declarou.
Para explicar a sua certeza, o delegado contou que tudo começou com uma disputa de terra em que Zampieri advogava para a parte contrária a Anibal e havia o risco de ele perder sua fazenda. A propriedade rural era tratada como uma coisa só pela Justiça, mas havia uma fazenda de Anibal e outra do seu irmão, que já havia perdido na Justiça.
Nilson explicou que uma das primeiras vezes que Anibal apareceu no bojo da investigação foi com um audio, onde o empresário dizia que não iria perder sua propriedade como o seu irmão havia perdido.
Além disso, no exato dia em que Zampieri entrou na Justiça para protocolar a produção de mais provas que pudessem auxiliá-lo na disputa de terra, Anibal foi ao escritório do jurista e tirou uma foto, enviando-a para o coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como o financiador do crime e que segue preso no 44º Batalhão de Infantaria Motorizada.
Segundo o delegado, Anibal e Etevaldo se conheciam de Rondonópolis, terra natal do empresário e onde o coronel já serviu.
Leia mais sobre o caso aqui: Caso Zampieri
Apesar de todos os indícios e do indiciamento pelo delegado, Anibal segue em liberdade e caberá à Justiça analisar o inquérito e o pedido de prisão que Nilson pediu em desfavor do empresário.