Almir Monteiro dos Reis, o assassino da advogada Cristiane Castrillon, “não esperava ser preso tão rápido”. A informação foi revelada na manhã desta quinta-feira (24), pelo delegado Marcel Gomes de Oliveira, durante coletiva de imprensa na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.
Quando preso, Almir usou o direito de permanecer calado durante o interrogatório para não produzir provas contra si mesmo. No entanto, na delegacia, Almir teria “confessado o crime” enquanto o auto de prisão em flagrante era lavrado.
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“Ele ressaltava e falava algumas coisas, e uma das coisas que ele falou foi o seguinte: 'fiz merda mesmo, eu sou burro, fiz merda. Eu só não esperava que a polícia me prendesse tão rápido'”, disse o delegado.
Prisão
Os policiais foram à casa de Almir poucas horas após o crime chegar em conhecimento da Polícia Civil. A residência, que esteve suja do sangue da advogada, foi limpa por Almir antes que ele recebesse sua outra companheira. Esta mulher, que passou o dia todo com Almir, foi peça fundamental para elucidar o caso.
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Durante a visita dos policiais e o interrogatório no local conduzido pelo delegado Marcel, Almir acabou entrando em contradição sobre o que havia acontecido na casa e caído nas próprias mentiras que ele usou para tentar acobertar o feminicídio.
Inicialmente, ele tentou esconder o fato de que o sangue da advogada se derramou pelo chão da sua casa. Contudo, à medida que o interrogatório ia se desenrolando, Almir começou a dizer onde havia sangue, mas sempre com a desculpa de que o era de duas quedas que Cristiane havia sofrido na casa.
Em um vídeo é possível ver o momento que os policiais interrogam o suspeito no local.
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A versão da queda foi “defendida” por Almir até mesmo diante da imprensa no dia que ele foi conduzido à delegacia.
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“Tudo isso ficou gravado e, consequentemente, né, está juntado aos autos como prova, justamente, para demonstrar e derrubar qualquer tipo de álibi que ele tem”, disse o delegado.