Uma advogada de 50 anos, moradora de Nova Mutum, foi detida após arrumar confusão na JP Steakhouse, churrascaria localizada no bairro Areão, em Cuiabá, na noite desta sexta-feira, 14 de julho. A irmã da advogada, que tem 44 anos, também foi detida, após xingar os policiais de “filhos da p***” e resistir à ordem de prisão. Toda a confusão teve início porque a mulher não gostou da quantidade de sal colocado na carne.
Foi a própria advogada quem chamou a Polícia Militar ao restaurante. Os policiais queriam evitar entrar no restaurante, para não causar constrangimento nem à mulher nem ao estabelecimento, mas a suspeita não saiu. Diante da situação, os policiais tiveram que entrar e já encontraram a mulher visivelmente alterada, dizendo que queriam inverter a situação contra ela. Porém, ela concordou em sair para evitar constrangimento.
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Do lado de fora, a mulher contou aos policiais que havia reclamado de pouco sal na carne e, na sequência, os garçons passaram a levar comida com muito sal para ela. Ao ser questionada, ela confirmou que a mesma carne era servida aos demais clientes, sem distinção. Diante disso, os policiais informaram que não havia qualquer crime na situação relatada e nada poderia ser feito.
A mulher então passou a destratar os policiais, falando que eles não sabiam nada de leis.
“Se você não sabe da lei, eu sei. O que aconteceu aqui foi um crime contra minha honra, já que você não sabe, eu sei, porque sou advogada”, teria dito a suspeita.
Os policias informaram novamente que não havia nada a ser feito naquela ocasião e recomendaram que a mulher procurasse a esfera cível da Justiça para pedir reparação. Nisso, a advogada respondeu que já tinha ligado na Polícia Civil e que eles mandaram chamar a Polícia Militar. Ela então falou para os policiais irem embora, já que não iriam resolver a situação.
Diante da confusão, os policiais pediram que a mulher comprovasse que é realmente advogada, mostrando sua identidade funcional da OAB. Ela comprovou que é advogada, mas começou a insinuar que os policiais estavam agindo com parcialidade ou conivência.
“Olha eu liguei, registrei minha queixa e se você não serve para nada e não vai fazer nada, pode ir embora, pois isso não vai ficar de graça”, teria dito a suspeita.
Percebendo um tom ameaçador na fala da mulher, o comandante da guarnição resolveu dar voz de prisão por desacato e ameaça. Foi aí que o “barraco desabou”.
A mulher não aceitava ser presa e sacou seu celular para filmar a situação. Enquanto gravava, ela começou a incitar os demais clientes contra os policiais, afirmando que estava sendo presa porque o comandante da guarnição percebeu que tinha cometido um grave erro. Ela ainda teria afirmado que a situação daria um “BO feio”, porque ela teria o presidente da OAB nas mãos.
Após a chegada do reforço, os policias pediram que a advogada entrasse no banco de passageiro da viatura, mas ela continuou se recusando e correu para dentro do restaurante. Os policiais precisaram usar força moderada para prendê-la.
Ao ver a irmã sendo presa, a outra mulher começou a xingar os policiais de “filhos da p***” e também correu para escapar das algemas, mas acabou sendo detida, também por meio da força física.
As duas mulheres foram encaminhadas à delegacia, onde foi registrado o boletim de ocorrência.
O caso será investigado pela Polícia Civil.