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Polícia Sábado, 15 de Julho de 2023, 17:42 - A | A

Sábado, 15 de Julho de 2023, 17h:42 - A | A

CHURRASCO DA DISCÓRDIA

Advogada dá barraco por causa de tempero, xinga PMs e tenta dar carteirada

Foi a própria advogada quem chamou os policiais, porque não gostou do sal na carne

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Uma advogada de 50 anos, moradora de Nova Mutum, foi detida após arrumar confusão na JP Steakhouse, churrascaria localizada no bairro Areão, em Cuiabá, na noite desta sexta-feira, 14 de julho. A irmã da advogada, que tem 44 anos, também foi detida, após xingar os policiais de “filhos da p***” e resistir à ordem de prisão. Toda a confusão teve início porque a mulher não gostou da quantidade de sal colocado na carne.

Foi a própria advogada quem chamou a Polícia Militar ao restaurante. Os policiais queriam evitar entrar no restaurante, para não causar constrangimento nem à mulher nem ao estabelecimento, mas a suspeita não saiu. Diante da situação, os policiais tiveram que entrar e já encontraram a mulher visivelmente alterada, dizendo que queriam inverter a situação contra ela. Porém, ela concordou em sair para evitar constrangimento.

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Do lado de fora, a mulher contou aos policiais que havia reclamado de pouco sal na carne e, na sequência, os garçons passaram a levar comida com muito sal para ela. Ao ser questionada, ela confirmou que a mesma carne era servida aos demais clientes, sem distinção. Diante disso, os policiais informaram que não havia qualquer crime na situação relatada e nada poderia ser feito.

A mulher então passou a destratar os policiais, falando que eles não sabiam nada de leis.

“Se você não sabe da lei, eu sei. O que aconteceu aqui foi um crime contra minha honra, já que você não sabe, eu sei, porque sou advogada”, teria dito a suspeita.

Os policias informaram novamente que não havia nada a ser feito naquela ocasião e recomendaram que a mulher procurasse a esfera cível da Justiça para pedir reparação. Nisso, a advogada respondeu que já tinha ligado na Polícia Civil e que eles mandaram chamar a Polícia Militar. Ela então falou para os policiais irem embora, já que não iriam resolver a situação.

Diante da confusão, os policiais pediram que a mulher comprovasse que é realmente advogada, mostrando sua identidade funcional da OAB. Ela comprovou que é advogada, mas começou a insinuar que os policiais estavam agindo com parcialidade ou conivência.

“Olha eu liguei, registrei minha queixa e se você não serve para nada e não vai fazer nada, pode ir embora, pois isso não vai ficar de graça”, teria dito a suspeita.

Percebendo um tom ameaçador na fala da mulher, o comandante da guarnição resolveu dar voz de prisão por desacato e ameaça. Foi aí que o “barraco desabou”.

A mulher não aceitava ser presa e sacou seu celular para filmar a situação. Enquanto gravava, ela começou a incitar os demais clientes contra os policiais, afirmando que estava sendo presa porque o comandante da guarnição percebeu que tinha cometido um grave erro. Ela ainda teria afirmado que a situação daria um “BO feio”, porque ela teria o presidente da OAB nas mãos.

Após a chegada do reforço, os policias pediram que a advogada entrasse no banco de passageiro da viatura, mas ela continuou se recusando e correu para dentro do restaurante. Os policiais precisaram usar força moderada para prendê-la.

Ao ver a irmã sendo presa, a outra mulher começou a xingar os policiais de “filhos da p***” e também correu para escapar das algemas, mas acabou sendo detida, também por meio da força física.

As duas mulheres foram encaminhadas à delegacia, onde foi registrado o boletim de ocorrência.

O caso será investigado pela Polícia Civil.

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