“Nada está tão ruim que não possa piorar”, disse o presidente Jair Bolsonaro no começo da semana passada, ao comentar os preços da gasolina e do dólar. Uma profecia do que se realizou nesta sexta-feira (8), com o anúncio, pela Petrobras, de mais um anúncio sobre os preços do gás de cozinha e da gasolina, que já estão em valores mais elevados que a população consegue pagar. Combustíveis estão na base de todas as atividades econômicas e, por isso, as variações em seus preços costumam refletir em todos os tipos de produtos. Por isso, os novos preços devem apertar ainda mais os orçamentos das famílias nos próximos dias, à medida em que os aumentos se espalham sobre os demais setores da economia.
- FIQUE ATUALIZADO: Receba nosso conteúdo e esteja sempre informado. Em nosso grupo do Whats (clique aqui) ou para entrar em nosso canal do Telegram (clique aqui).
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Enquanto a Petrobras distribui R$ 31,6 bilhões em dividendo a investidores, grande parte deles especuladores profissionais que vivem da negociação de papeis na Bovespa sem jamais ter plantado um pé de feijão no solo brasileiro, as famílias mais pobres precisam recorrer a todo tipo de gambiarra para cozinhar o alimento do dia. Não são poucas as notícias de acidentes caseiros provocados pelo improviso, na ânsia de calar a fome sem ter dinheiro suficiente para pagar o gás.
O Preço de Paridade Internacional (PPI) adotado pela companhia é um atentado contra a economia brasileira e privilegia apenas os acionistas e especuladores. Com a economia em frangalhos, engenheiros e outros profissionais gabaritados tiveram que recorrer aos aplicativos de transporte para sobreviver. Com os preços dos combustíveis no patamar atual, nem isso lhes garante o sustento.
Enquanto isso, o lucro gerado pela empresa estatal alimenta o bolso de uma legião que pouco produz, às custas do povo brasileiro. Prova mais uma vez que aqueles que alguns daqueles que defendem o Estado mínimo querem o mínimo apenas para o povo, enquanto engordam seus saldos bancários às custas do Estado que tanto demonizam.
Novamente, há motivos para acreditar que não há nada tão ruim que não possa piorar. Nesta semana, informações de bastidores revelaram que o ministro Paulo Guedes, da Economia, fala a seus confidentes sobre a privatização da Petrobras, o maior patrimônio do povo brasileiro. É o mesmo ministro que elogiou a supervalorização do dólar, porque quando a moeda americana era ‘barata’ as empregadas estavam viajando para a Disney. Se concretizada a privatização da Petrobras, o país autossuficiente na produção de petróleo ficará submisso, de vez, à vontade internacional.
Existem alternativas de sobra para evitar que os preços dos combustíveis causem tantos prejuízos à Nação. O que falta é vontade política para coloca-las em prática.