O calorão vivido nos últimos dias torna claro uma realidade que não podemos negar. O aquecimento global é uma realidade e ameaça a nossa sobrevivência. Uma das principais causas para esse fenômeno é a emissão dos chamados gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Nesse contexto, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) emergem como uma peça fundamental na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis, desempenhando um papel crucial na redução das emissões de carbono.
Usinas hidrelétricas de tamanho e potência menores que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), estes empreendimentos podem ter o potencial de gerar de 0 até 5 megawatts (MW) de energia. O Brasil conta com 704 unidades de CGHs em operação instaladas, que representam 717.223 kilowatts (kW) de potência instalada. Em Mato Grosso, são 65 centrais em funcionamento atualmente.
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As CGHs são uma forma de energia renovável, aproveitando o potencial hidráulico para gerar eletricidade. Ao contrário das fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis, as hidrelétricas não emitem grandes quantidades de CO2 durante a geração de energia. Isso as coloca na vanguarda das soluções para mitigar as mudanças climáticas.
A principal vantagem das CGHs reside na produção de eletricidade com emissões extremamente baixas de carbono. Comparadas a centrais termelétricas movidas a carvão ou gás natural, as hidrelétricas contribuem significativamente para a redução global das emissões de CO2. Esse impacto positivo é crucial para atingir as metas estabelecidas pelos acordos internacionais para combater as mudanças climáticas.
Juntamente com a geração limpa, as CGHs oferecem flexibilidade na produção de energia. Elas podem ser rapidamente ajustadas para atender à demanda, funcionando como unidades de armazenamento de energia eficazes. Essa característica é essencial para lidar com as variações na oferta e demanda de eletricidade, contribuindo para a estabilidade da rede elétrica.
Outras ondas de calor extremo virão em breve, tornando evidente a urgência de reduzirmos a emissão de CO2 na nossa atmosfera. Precisamos, em um curto prazo, mudar a nossa matriz energética, deixando os combustíveis fósseis, poluentes, de lado e encampando cada vez mais projetos que gerem energia limpa e renovável. A nossa sobrevivência depende muito disso.
*RICARDO PADILLA DE BORBON NEVES é empresário