Há quase dois anos estamos tentando virar a página da polarização com trabalho, combate às desigualdades e desinformação e diálogo, muito diálogo. Como agente público, é imprescindível prestarmos contas das nossas ações no exercício da função e, uma das formas de informar o cidadão, é por meio da imprensa, exercendo livremente seu direito de questionar.
No período eleitoral, este papel fundamental nos auxilia, como eleitores, a conhecer as propostas e projetos dos candidatos para lidar com os desafios apresentados e também saber como se portam diante dos embates. A imprensa é uma das principais aliadas da sociedade no processo de escolha dos governantes.
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Por isso, como agente público, como cidadão, eleitor, esposo e pai, não posso deixar de me indignar com a postura de ataques, especialmente direcionados às mulheres no exercício profissional, ato evidenciado nesta quarta-feira (18), em Cuiabá, após duas rodadas de entrevistas de um candidato a emissoras de rádio, mas também recorrente, nos últimos anos.
Quando uma jornalista mulher, em pleno exercício do seu ofício, revela seu medo diante de um candidato entrevistado, após lidar com deboches e presenciar ataques sequenciais e prolongados ao longo de uma trajetória, não podemos nos calar. Especialmente como pai de jornalista mulher, não posso deixar de reiterar minha indignação diante dos fatos.
Em Cuiabá, no mesmo dia, as jornalistas Camila Piacenti e Michely Figueiredo e o jornalista Antero Paes de Barros foram atacados pelo candidato Abílio Brunini simplesmente pelo ato de questionar, abrindo espaço para o mesmo apresentar suas propostas ao eleitorado, porém, a prática escolhida, tem sido a dos ataques que, agora, escalonam para a intimidação, deixando, não só, uma trilha de ataques às mulheres profissionais, mas também limitando o direito dos eleitores que buscam subsídios para suas escolhas no pleito municipal.
Respeito é imprescindível para eleições limpas, para que a democracia funcione. Respeito não é negociável, deve ser uma exigência contínua de cada cidadã e cidadão.
*CARLOS FÁVARO é ministro da Agricultura e Pecuária, senador por Mato Grosso e presidente do PSD-MT