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Judiciário Terça-feira, 08 de Novembro de 2022, 15:53 - A | A

Terça-feira, 08 de Novembro de 2022, 15h:53 - A | A

ESCÂNDALO DA MAÇONARIA

STF anula aposentadoria compulsória e devolve cadeira a 5 juízes de MT após 12 anos

Magistrados perderam a função pública por envolvimento em desvios do TJMT

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, devolveu o exercício da magistratura a cinco juízes de Mato Grosso envolvidos no chamado Escândalo da Maçonaria. Os ministros decidiram estender a decisão que devolveu o cargo ao juiz Antônio Horácio da Silva Neto, beneficiado por uma tutela de urgência. O julgamento foi realizado nesta tarde de terça-feira, 8 de novembro.

Voltam ao cargo os magistrados: Antônio Horácio da Silva Neto, Graciema Ribeiro de Caravellas, Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, Marcos Aurélio Reis Ferreira e Maria Cristina Oliveira Simões.

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Votaram a favor os ministros André Mendonça, Gilmar Mendes, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski. O único voto contrário foi do ministro Edson Fachin.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, devolveu o exercício da magistratura a quatro juízes de Mato Grosso envolvidos no chamado Escândalo da Maçonaria. Os ministros decidiram estender a decisão que devolveu o cargo ao juiz Antônio Horácio da Silva Neto, beneficiado por uma tutela de urgência. O julgamento foi realizado nesta tarde de terça-feira, 8 de novembro.

Voltam ao cargo os magistrados: Antônio Horácio da Silva Neto, Graciema Ribeiro de Caravellas, Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, Marcos Aurélio Reis Ferreira e Maria Cristina Oliveira Simões.

Votaram a favor os ministros André Mendonça, Gilmar Mendes, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski. O único voto contrário foi do ministro Edson Fachin.

Acervo pessoal

Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves

Advogada Mirian Ribeiro, que representou os juízes no STF

Todos os casos foram impetrados individualmente. Ao se debruçar sobre a questão, os ministros primeiro analisaram o mérito do juiz Antônio Horácio, que já havia sido agraciado com a concessão de uma tutela em um Mandado de Segurança e retornado ao cargo.

Nesta terça, eles analisaram o mérito da questão e, em sequência, estenderam a decisão aos demais juízes.

Os magistrados, com exceção de Graciema, foram representados pela advogada Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves.

PUNIÇÃO EXEMPLAR
Ao votar pelo não reconhecimento do pedido, o ministro Edson Fachin pontuou que os magistrados foram condenados por participação em esquema de corrupção para beneficiar a loja maçônica Grande Oriente, de Cuiabá, e que é dever do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) punir exemplarmente os magistrados que se desviarem da ética.

Ele ainda votou pela revogação da tutela concedida ao juiz Antônio Horácio.

O CASO
Os magistrados foram condenados pelo CNJ em 2010, acusados de desviar mais de R$ 1,4 milhão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para salvar a loja maçônica, que estava com dívidas estrondosas. As fraudes teriam ocorrido entre 2003 e 2005.

Esse desvio teria se dado por meio de recebimento de verbas atrasadas e devolução de Imposto de Renda, feitos em benefício próprio. Os valores eram então encaminhados para a Maçonaria.

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