Preso por atiçar que seus quatro cães atacassem um gato até a morte, o aposentado Francisco José Anderotti deverá passar por um exame de sanidade mental. A determinação é do juiz da Comarca de Juína, Vagner Dupim Dias, que também concedeu a liberdade ao professor sob o pagamento de fiança de R$ 10 mil. Francisco passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (13) e, além de afirmar que o gato já estava morto, também explicou que não conseguiu deter os cães por ter diabetes, sendo inclusive internado em 2019 por dificuldades em se mover e por distúrbios neurológicos.
Na audiência de custódia, o professor narrou que tentou acompanhar os cães no momento do ataque, mas que o gato tentou escalar o muro de uma residência e morreu ao se eletrocutar na cerca elétrica. Neste momento, os cães avançaram no animal e começaram a mordê-lo.
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Na sessão, a defesa de Francisco alegou que ele possui problemas psiquiátricos, como Transtorno Afetivo Bipolar, além de fazer uso de medicação controlada. Ele foi aposentado por invalidez.
A situação, segundo o atestado médico de comprovação apresentado ao INSS, diz que Francisco possui oscilações de humor, intensa irritabilidade e delírios persecutórios.
"O professor acredita que tenha sido visitado por alienígenas quando era adolescente e que foi implantado um chip em sua mente. Apresenta também ideias de grandeza e religiosas, acredita ter força aumentada e ser um profeta de Deus, após ter conversado com ele", diz trecho do documento.
A esposa de Francisco descreveu que os sintomas pioraram de intensidade após um acidente e que o homem se tornou agressivo, tendo constantes rompantes de raiva e ocasionando demissões em empregos.
Por este motivo, o magistrado determinou a realização do exame de insanidade mental.
