O promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, do Ministério Público do Estado (MPMT), denunciou Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki, mãe e filho, pelo assassinato de dois idosos em Peixoto de Azevedo. Edson Gonçalves Rodrigues também foi denunciadom, por ajudar na fuga. Além da denúncia, o promotor pediu indenização de cerca de R$ 2 milhões para as famílias das vítimas.
Pilson Pereira da Cruz, de 80 anos, e Rui Luiz Bogo, 68, foram mortos a tiros durante uma festa de aniversário na tarde do dia 21 de abril. Os assassinatos teria sido motivado por discordância sobre uma dívida de R$ 59 mil, que havia sido judicializada. Outras duas pessoas que estavam no local ficaram feridas, mas sobreviveram.
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“Ante o exposto, o Ministério Público do Estado do Mato Grosso denuncia Bruno Gemilaki Dal Poz, Edson Gonçalves Rodrigues e Inês Gemilaki, já qualificados com motivo fútil, recurso que dificultou a defesa das vítimas, pelo que requer que, uma vez recebida e autuada esta, seja instaurado o devido processo legal, com a citação dos imputados para que apresentem defesa e demais atos do processo, cintado-os para os demais termos da ação penal, enfim, para ser processado e julgado até final condenação”, diz trecho da petição.
A denúncia foi envida ao juiz da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo na última sexta-feira, 3 de maio. Ainda não há informações se a denúncia foi aceita pelo magistrado.
O promotor também pediu indenização para as famílias das vítimas mortas e também para as vítimas que ficaram feridas.
"Requer, ainda, a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados em favor dos familiares da vítima Pilso Pereira da Cruz em R$ 1.000.000 (um milhão de reais) e Rui Luiz Bogo R$ 700.000 (setecentos mil reais), José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall R$ 150.000 (cento e cinquenta mil reais) para cada uma delas", pediu.
Bruno e Inês invadiram a casa com objetivo de matar Enerci Afonso Lavall, conhecido como ‘Polaco’, e abriram fogo contra as pessoas que estavam lá para participar de uma festa de aniversário. Polaco escapou ileso do ataque.
Após aos assassinatos, Inês e Bruno atiraram contra as câmeras de segurança e deixaram o local sorrido, fugindo para uma fazenda da família no interior do município. Dois dias após o crime, mãe e filho se entregaram à polícia e seguem presos preventivamente.
A delegada Anna Paula Marien Pereira, da Delegacia de Peixoto de Azevedo, concluiu o inquérito policial e indiciou quatro pessoas por homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada e formação de quadrilha.
Os indiciados são Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, além do companheiro da mulher, Márcio Ferreira Gonçalves, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues. No entanto, o MP decidiu não denunciar Márcio Ferreira.
